DESAFIO: "A BÍBLIA EM UM ANO"

Tricentésimo vigésimo oitavo dia: A justiça de Deus pela fé

No nosso desafio da Bíblia de hoje, iniciamos a leitura e meditação da carta de São Paulo aos Romanos. No texto sagrado o apóstolo Paulo se apresenta como servo de Jesus Cristo, escolhido para anunciar o Evangelho de Deus. Ele expressa gratidão a Deus pela fé dos romanos e expressa o desejo de visitá-los para fortalecê-los na fé. Paulo também enfatiza a importância da justiça de Deus e a universalidade do pecado, destacando que ninguém pode se justificar pela observância da Lei, mas sim pela fé em Jesus Cristo. Ele cita exemplos de Abraão como um pai espiritual para todos os que têm fé, independentemente da circuncisão. A carta enfatiza a importância da fé como o meio de justificação diante de Deus. Faça a leitura de preferencia em sua Bíblia dos capítulos 1, 2, 3 e 4 da carta de São Paulo aos Romanos (Rm).

Romanos

Saudação

1.   1.Paulo, servo de Jesus Cristo, escolhido para ser apóstolo, reservado para anunciar o Evange­lho de Deus;* – 2.este Evangelho Deus prometera outrora pelos seus profetas na Sagrada Escritura, 3.acerca de seu Filho Jesus Cristo, nosso Se­nhor, des­cendente de Davi quanto à carne,* 4.que, segundo o Espírito de santidade, foi estabelecido Filho de Deus no poder por sua ressurreição dos mortos; 5.e do qual temos recebido a graça e o apostolado, a fim de levar, em seu nome, todas as nações pagãs à obediência da fé, 6.entre as quais também vós sois os eleitos de Jesus Cristo –, 7.a todos os que estão em Roma, queridos de Deus, chamados a serem santos: a vós, graça e paz da parte de Deus, nosso Pai, e da parte do Senhor Jesus Cristo!

Ação de graças. Desejo de ir a Roma

8.Primeiramente, dou graças a meu Deus, por meio de Jesus Cristo, por todos vós, porque em todo o mundo é preconizada a vossa fé. 9.Pois Deus, a quem sirvo em meu espírito, anunciando o Evangelho de seu Filho, me é testemunha de como vos menciono incessantemente em minhas orações. 10.A ele suplico, se for de sua vontade, conceder-me finalmente ocasião favorável de vos visitar. 11.Desejo ardentemente ver-vos, a fim de comunicar-vos alguma graça espiritual, com que sejais confirmados, 12.ou melhor, para me encorajar juntamente convosco naquela vossa e minha fé que nos é comum. 13.Pois não quero que igno­reis, irmãos, como muitas vezes me tenho proposto ir ter convosco. (Eu queria recolher algum fruto entre vós, como entre os outros pagãos), mas até agora tenho sido impedido. 14.Sou devedor a gregos e a bárbaros, a sábios e a simples.* 15.Daí o ardente desejo que eu sinto de vos anunciar o Evangelho também a vós, que habitais em Roma.

Programa da carta

16.Com efeito, não me envergonho do Evangelho, pois ele é uma força vinda de Deus para a salvação de todo o que crê, ao judeu em primeiro lugar e depois ao grego. 17.Porque nele se revela a justiça de Deus, que se obtém pela fé e conduz à fé, como está escrito: O justo viverá pela fé (Hab 2,4). 18.A ira de Deus se manifesta do alto do céu contra toda a impiedade e perversidade dos homens, que pela injustiça aprisionam a verdade.

I – TODOS OS HOMENS SÃO PECADORES (1, 18 – 3, 20)

Culpa comum

19.Porquanto o que se pode conhecer de Deus eles o leem em si mesmos, pois Deus lhes revelou com evidência. 20.Desde a criação do mundo, as perfeições invisíveis de Deus, o seu sempiterno poder e divindade, se tornam visíveis à inteligência, por suas obras; de modo que não se podem escusar. 21.Porque, conhecendo a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças. Pelo contrário, extraviaram-se em seus vãos pensamentos, e se lhes obscureceu o coração insensato. 22.Pretendendo-se sábios, tornaram-se estultos. 23.Mudaram a majestade de Deus incorruptível em representações e figuras de homem corruptível, de aves, quadrú­pedes e répteis. 24.Por isso, Deus os entregou aos desejos dos seus corações, à imun­dície, de modo que desonraram entre si os próprios corpos.* 25.Trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram à criatura em vez do Criador, que é bendito pelos séculos. Amém! 26.Por isso, Deus os entregou a paixões vergonhosas: as suas mu­lheres mudaram as relações natu­rais em relações contra a natureza. 27.Do mesmo modo também os homens, deixando o uso natural da mulher, arderam em desejos uns para com os outros, cometendo homens com homens a torpeza, e recebendo em seus corpos a paga devida ao seu desvario. 28.Como não se preocupassem em adquirir o conhecimento de Deus, Deus entregou-os aos sentimentos depravados, e daí o seu procedimento indigno. 29.São repletos de toda espécie de malícia, perversidade, cobiça, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda, engano, malignidade. 30.São difamadores, caluniadores, inimigos de Deus, insolentes, soberbos, altivos, inventores de maldades, rebeldes contra os pais. 31.São insensatos, desleais, sem coração, sem misericórdia. 32.Apesar de conhecerem o justo decreto de Deus que considera dignos de morte aqueles que fazem tais coisas, não somente as praticam, como também aplaudem os que as cometem.

O juízo de Deus

2.   1.Assim, és inescusável, ó homem, quem quer que sejas, que te arvoras em juiz. Naquilo que julgas a outrem, a ti mesmo te condenas; pois tu, que julgas, fazes as mesmas coisas que eles.* 2.Ora, sabemos que o juízo de Deus contra aqueles que fazem tais coisas cor­res­ponde à verdade. 3.Tu, ó homem, que julgas os que praticam tais coisas, mas as cometes também, pensas que escaparás ao juízo de Deus? 4.Ou desprezas as riquezas da sua bondade, tolerância e longanimidade, desconhecendo que a bondade de Deus te convida ao arrependimento? 5.Mas, pela tua obstinação e coração impenitente, vais acumulando ira contra ti, para o dia da cólera e da revelação do justo juízo de Deus, 6.que retribuirá a cada um segundo as suas obras: 7.a vida eterna aos que, perseverando em fazer o bem, buscam a glória, a honra e a imortalidade; 8.mas ira e indignação aos contumazes, rebeldes à verdade e seguidores do mal. 9.Tribulação e angústia sobrevirão a todo aquele que pratica o mal, primeiro ao judeu e depois ao grego; 10.mas glória, honra e paz a todo o que faz o bem, primeiro ao judeu e depois ao grego. 11.Porque, dian­te de Deus, não há distinção de pessoas. 12.Todos os que sem a Lei peca­ram, sem aplicação da lei perecerão; e quantos pecaram sob o regime da lei, pela Lei serão julgados.* 13.Porque diante de Deus não são justos os que ouvem a lei, mas serão tidos por justos os que praticam a lei. 14.Os pagãos, que não têm a Lei, fazendo naturalmente as coisas que são da Lei, embora não tenham a lei, a si mesmos servem de lei; 15.eles mostram que o objeto da lei está gravado nos seus corações, dando-lhes testemunho a sua consciên­cia, bem como os seus raciocínios, com os quais se acusam ou se escusam mutuamente.* 16.Isso aparecerá claramente no dia em que, segundo o meu Evangelho, Deus julgar as ações secretas dos homens, por Jesus Cristo.

A Lei por si não basta

17.Mas tu, que és chamado judeu, e te apoias na lei, e te glorias de teu Deus; 18.tu, que conheces a sua vontade, e instruído pela lei sabes aquilatar a diferença das coisas; 19.tu, que te ufanas de ser guia dos cegos, luzeiro dos que estão em trevas, 20.doutor dos ignorantes, mestre dos simples, porque encontras na lei a regra da ciência e da verdade; 21.tu, que ensinas aos outros… não te ensinas a ti mesmo! Tu, que pregas que não se deve furtar, furtas! 22.Tu, que dizes que não se deve adulterar, adulteras! Tu, que abominas os ídolos, pi­lhas os seus templos! 23.Tu, que te glorias da lei, desonras a Deus pela transgressão da lei! 24.Porque assim fala a Escritura: Por vossa causa o nome de Deus é blasfemado entre os pagãos (Is 52,5). 25.A circuncisão, em verdade, é proveitosa se guardares a Lei. Mas, se fores transgressor da Lei, serás, com tua circuncisão, um mero incir­cun­ciso. 26.Se, portanto, o incircunciso observa os preceitos da lei, não será ele considerado como circunciso, apesar de sua incircuncisão?* 27.Ainda mais, o incircunciso de nascimento, cumprindo a lei, te julgará que, com a letra e com a circuncisão, és transgressor da lei. 28.Não é verdadeiro judeu o que o é exteriormente, nem verdadeira circuncisão a que aparece exteriormente na carne. 29.Mas é judeu o que o é interiormente, e verdadeira circuncisão é a do coração, segundo o espírito da lei, e não segundo a letra. Tal judeu recebe o louvor não dos homens, e sim de Deus.

Deus é fiel

3.   1.Em que, então, se avantaja o judeu? Ou qual é a utilidade da circuncisão? 2.Muita, em todos os aspectos. Principalmente porque lhes foram confiados os oráculos de Deus. 3.Mas então! Se alguns deles não foram fiéis, acaso a sua infidelidade destruirá a fidelidade de Deus? 4.De modo algum. Porque Deus há de ser reconhecido como veraz, e todo homem como mentiroso, segundo está escrito: Assim, serás reconhecido justo nas tuas palavras e vencerás, quando julgares (Sl 50,6).* 5.Portanto, se a nossa injustiça real­ça a justiça de Deus, que diremos então? Para falar como os homens: não é injusto Deus quando descarrega a sua cólera? 6.Certo que não! De outra maneira, como julgaria Deus o mundo? 7.Mas, se a verdade de Deus brilha ainda mais para a sua glória por minha mentira, por que serei eu ainda julgado pecador? 8.Então, por que não faríamos o mal para que dele venha o bem, expressão que os caluniadores, falsamente, nos atribuem? É justo que estes tais sejam condenados.

Universalidade do pecado

9.E então? Avantajamo-nos a eles? De maneira alguma. Pois já demonstramos que judeus e gregos estão todos sob o domínio do pecado, como está escrito: 10.Não há nenhum justo, não há sequer um. 11.Não há um só que tenha inteligência, um só que busque a Deus. 12.Extraviaram-se todos e todos se perverteram. Não há quem faça o bem, não há sequer um (Sl 13,lss). 13.A sua garganta é um sepulcro aberto; com as suas línguas enganam; veneno de áspide está debaixo dos seus lábios (Sl 5,10; 139,4). 14.A sua boca está cheia de maldição e amargor (Sl 9,28). 15.Os seus pés são velozes para derramar sangue. 16.Há destruição e ruína nos seus caminhos, 17.e não conhecem o caminho da paz (Is 59,7s). 18.Não há temor a Deus diante dos seus olhos (Sl 35,2). 19.Ora, sabemos que tudo o que diz a lei, di-lo aos que estão sujeitos à Lei, para que toda boca fique fechada e que o mundo inteiro seja reconhecido culpado diante de Deus. 20.Porquanto pela obser­vância da Lei nenhum homem será justificado diante dele, porque a Lei se limita a dar o conhecimento do pecado.

II – A JUSTIÇA DE DEUS DÁ A VIDA A TODOS OS HOMENS (3, 21 – 5, 11)

Justificação pela fé

21.Mas, agora, sem o concurso da lei, manifestou-se a justiça de Deus, atestada pela Lei e pelos profetas. 22.Esta é a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo, para todos os fiéis (pois não há distinção; 23.com efeito, todos pecaram e todos estão privados da glória de Deus), 24.e são justificados gratuitamente por sua graça; tal é a obra da redenção, realizada em Jesus Cristo. 25.Deus o destinou para ser, pelo seu sangue, vítima de propiciação mediante a fé. Assim, ele manifesta a sua justiça; porque no tempo de sua paciência, ele havia deixado sem castigo os pecados anteriores.* 26.Assim, digo eu, ele manifesta a sua justiça no tempo presente, exercendo a justiça e justificando aquele que tem fé em Jesus. 27.Onde está, portanto, o motivo de se gloriar? Foi eliminado. Por qual Lei? Pela das obras? Não, mas pela Lei da fé.* 28.Porque julgamos que o homem é justificado pela fé, sem as observâncias da lei. 29.Ou Deus só o é dos judeus? Não é também Deus dos pagãos? Sim, ele o é também dos pagãos.* 30.Porque não há mais que um só Deus, o qual justificará pela fé os circuncisos e, também pela fé, os incircuncisos. 31.Destruímos então a Lei pela fé? De modo algum. Pelo contrário, damos-lhe toda a sua força.

Abraão justificado pela fé

4.   1.Que vantagem diremos, pois, que conseguiu Abraão, nosso pai segundo a carne? 2.Porque, se Abraão foi justificado em virtude de sua observância, tem de que se gloriar; mas não diante de Deus. 3.Ora, que diz a Escritura? Abraão creu em Deus e isso lhe foi imputado em conta de justiça (Gn 15,6). 4.Ora, o salário não é gratificação, mas uma dívida ao trabalhador. 5.Mas aquele que sem obra alguma crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada em conta de justiça. 6.É assim que Davi proclama bem-aventurado o homem a quem Deus atribui justiça, independentemente das obras: 7.Bem-aventurados aqueles cujas iniquidades foram perdoadas e cujos pecados foram cobertos! 8.Bem-aventurado o homem ao qual o Senhor não imputou o seu pecado (Sl 31,1s). 9.Essa bem-aventurança é somente para os circuncisos, ou também para os incircuncisos? Dizemos, com efeito, que a fé foi imputada a Abraão em conta de justiça. 10.Quando lhe foi ela imputada? Depois ou antes de sua circuncisão? Não depois, mas antes de ser circuncidado. 11.Depois é que recebeu o sinal da circuncisão, como selo da justiça que tinha obtido pela fé antes de ser circuncidado. E assim se tornou o pai de todos os incircuncisos que creem, a fim de que também a estes seja imputada a justiça.* 12.Pai também dos circuncisos, que não só trazem o sinal, mas que acompanham as pegadas da fé que nosso pai Abraão possuía antes de ser circuncidado.

Abraão pai de todos na fé

13.Com efeito, não foi em virtude da Lei que a promessa de herdar o mundo foi feita a Abraão ou à sua posteridade, mas em virtude da justiça da fé. 14.Porque, se a heran­ça é reservada aos observadores da Lei, a fé já não tem razão de ser e a promessa fica sem valor. 15.Porquanto a Lei produz a ira; e onde não existe Lei, não há transgressão.* 16.Logo, é pela fé que alguém se torna herdeiro. Portanto, gratuitamente; e a promessa é assegurada a toda a posteridade de Abraão, não somente aos que procedem da Lei, mas também aos que possuem a fé de Abraão, que é pai de todos nós. 17.Em verdade, está escrito: Eu te constituí pai de muitas nações (Gn 17,5); (nosso pai, portanto) diante dos olhos daquele em quem acreditou, o Deus que dá vida aos mortos e chama à existência as coisas que estão no nada.* 18.Esperando, contra toda a esperança, Abraão teve fé e se tornou pai de muitas nações, segundo o que lhe fora dito: Assim será a tua descendência (Gn 15,5).* 19.Não vacilou na fé, embora reconhecendo o seu próprio corpo sem vigor – pois tinha quase cem anos – e o seio de Sara igualmente amortecido. 20.Ante a promessa de Deus, não vacilou, não desconfiou, mas conservou-se forte na fé e deu glória a Deus. 21.Estava plenamente convencido de que Deus era poderoso para cumprir o que prometera. 22.Eis por que sua fé lhe foi contada como justiça. 23.Ora, não é só para ele que está escrito que a fé lhe foi imputada em conta de justiça. 24.É também para nós, pois a nossa fé deve ser-nos imputada igualmente, porque cremos naquele que dos mortos ressuscitou Jesus, nosso Senhor, 25.o qual foi entregue por nossos pecados e ressuscitado para a nossa justificação.

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