DESAFIO: "A BÍBLIA EM UM ANO"

Tricentésimo terceiro dia: Refeição em Betânia e prisão de Jesus

Na leitura da Sagrada Escritura de hoje, finalizamos o evangelho segundo São Marcos e vamos meditar aqui a passagem em que Jesus está no Templo com seus discípulos quando um deles comenta sobre a grandiosidade das construções. Jesus responde dizendo que todas as pedras serão demolidas. Jesus alerta para que não sejam enganados, pois muitos virão em seu nome. Ele menciona que haverá guerras, terremotos e fome, mas isso será apenas o começo das dores. Jesus também fala sobre sermos perseguidos por causa do seu nome, mas aquele que perseverar até o fim será salvo. Jesus prediz sua crucificação, a negação de Pedro, sua entrega a Pilatos. Ele é crucificado, e no terceiro dia, Jesus ressuscita e aparece a Maria de Magdala e aos discípulos. Ele os envia para pregar o Evangelho a todas as nações. Faça a leitura de preferencia em sua Bíblia dos capítulos 13, 14, 15 e 16 do evangelho segundo São Marcos (Mc).

Marcos

Profecia da destruição do templo

13.   1.Saindo Jesus do templo, disse-lhe um dos seus discípulos:“Mestre, olha que pedras e que construções!” 2.Jesus replicou-lhe: “Vês este grande edifício? Não se deixará pedra sobre pedra que não seja demolida”. 3.E estando sentado no monte das Oliveiras, defronte do templo, perguntaram-lhe à parte Pedro, Tiago, João e André: 4.“Dize-nos, quando hão de suceder essas coisas? E por que sinal se saberá que tudo isso se vai realizar?”. 5.Jesus pôs-se, então, a dizer-lhes: “Cuidai que ninguém vos engane. 6.Muitos virão em meu nome, dizendo: Sou eu. E seduzirão a muitos. 7.Quando ouvirdes falar de guerras e de rumores de guerra, não temais; porque é necessário que essas coisas aconteçam, mas não será ainda o fim. 8.Irão levantar-se nação contra nação e reino contra reino; e haverá terremotos em diversos lugares, e fome. Isto será o princípio das dores. 9.Cuidai de vós mesmos; sereis arrastados diante dos tribunais e açoitados nas sinagogas e comparecereis diante dos governadores e reis por minha causa, para dar testemunho de mim diante deles. 10.Mas primeiro é necessário que o Evangelho seja pregado a todas as nações. 11.Quando vos levarem para vos entregar, não premediteis no que haveis de dizer, mas dizei o que vos for inspirado naquela hora; porque não sois vós que falais, mas sim o Espírito Santo. 12.O irmão entregará à morte o irmão, e o pai, o filho; e os filhos irão insurgir-se contra os pais e lhes darão a morte. 13.E sereis odiados de todos por causa de meu nome. Mas o que perseverar até o fim será salvo”.

Grande tribulação

14.“Quando virdes a abominação da desolação no lugar onde não deve estar – o leitor entenda –, então os que estiverem na Judeia fujam para os montes; 15.o que estiver sobre o terraço não desça nem entre em casa para dela levar alguma coisa; 16.e o que se achar no campo não volte a buscar o seu manto. 17.Ai das mulheres que naqueles dias estiverem grávidas e amamentando! 18.Rogai para que isso não aconteça no inverno! 19.Porque naqueles dias haverá tribulações tais, como não as houve desde o princípio do mundo que Deus criou até agora, nem haverá jamais. 20.Se o Senhor não abreviasse aqueles dias, ninguém se salvaria; mas ele os abreviou em atenção aos eleitos que escolheu. 21.E se então alguém vos disser: Eis, aqui está o Cristo; ou: Ei-lo acolá, não creiais. 22.Porque se levantarão falsos cristos e falsos profetas, que farão sinais e portentos para seduzir, se possível for, até os escolhidos. 23.Ficai de sobreaviso. Eis que vos preveni de tudo.”

Volta do Filho do Homem

24.“Naqueles dias, depois dessa tribulação, o sol se escurecerá, a lua não dará o seu resplendor; 25.cairão os astros do céu e as forças que estão no céu serão abaladas. 26.Então, verão o Filho do Homem voltar sobre as nuvens com grande poder e glória. 27.Ele enviará os anjos, e reunirá os seus escolhidos dos quatro ventos, desde a extremidade da terra até a extremidade do céu.

O dia e a hora

28.Compreendei por uma comparação tirada da figueira. Quando os seus ramos vão ficando tenros e brotam as folhas, sabeis que está perto o verão. 29.Assim também quando virdes acontecerem essas coisas, sabei que o Filho do Homem está próximo, às portas. 30.Em verdade vos digo: não passará esta geração sem que tudo isso aconteça.* 31.Passarão o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão. 32.A respeito, porém, daquele dia ou daquela hora, ninguém o sabe, nem os anjos do céu nem mesmo o Filho, mas somente o Pai.

Vigilância contínua

33.Ficai de sobreaviso, vigiai; porque não sabeis quando será o tempo. 34.Será como um homem que, partindo em viagem, deixa a sua casa e delega sua autoridade aos seus servos, indicando o trabalho de cada um, e manda ao porteiro que vigie. 35.Vigiai, pois, visto que não sabeis quando o senhor da casa voltará, se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã, 36.para que, vindo de repente, não vos encontre dormindo. 37.O que vos digo, digo a todos: vigiai!”

IV – PAIXÃO E RESSURREIÇÃO DE JESUS (14 – 16)

Conjuração contra Jesus

14.   1.Ora, dali a dois dias seria a festa da Páscoa e dos (pães) ázimos; e os sumos sacerdotes e os escribas buscavam algum meio de prender Jesus à traição para matá-lo. 2.“Mas não durante a festa” – diziam eles – “para não haver talvez algum tumulto entre o povo.”

Refeição em Betânia

3.Jesus se achava em Betânia, em casa de Simão, o leproso. Quando ele se pôs à mesa, entrou uma mulher trazendo um vaso de alabastro cheio de um perfume de nardo puro, de grande preço, e, quebrando o vaso, derramou-lho sobre a cabeça. 4.Alguns, porém, ficaram indignados e disseram entre si: “Por que esse desperdício de bálsamo? 5.Poderia ter sido vendido por mais de trezentos denários, e serem dados aos pobres”. E irritavam-se contra ela. 6.Mas Jesus disse-lhes: “Deixai-a. Por que a molestais? Ela me fez uma boa obra. 7.Vós sempre tendes convosco os pobres e, quando quiserdes, podeis fazer-lhes bem; mas a mim não me tendes sempre. 8.Ela fez o que pode: embalsamou-me antecipadamente o corpo para a sepultura. 9.Em verdade vos digo: onde quer que for pregado em todo o mundo o Evangelho, será contado para sua memória o que ela fez”.

Traição de Judas

10.Judas Iscariotes, um dos Doze, foi avistar-se com os sumos sacerdotes para lhes entregar Jesus. 11.A essa notícia, eles alegraram-se e prometeram dar-lhe dinheiro. E ele buscava ocasião oportuna para o entregar.

A ceia

12.No primeiro dia dos Ázimos, em que se imolava a Páscoa, perguntaram-lhe os discípulos: “Onde queres que preparemos a refeição da Páscoa?”.* 13.Ele enviou dois de seus discípulos, dizendo: “Ide à cidade, e vos sairá ao encontro um homem, carregando um cântaro de água. 14.Segui-o e, onde ele entrar, dizei ao dono da casa: O Mestre pergunta: Onde está a sala em que devo comer a Páscoa com os meus discípulos? 15.E ele vos mostrará uma grande sala no andar superior, mobiliada e pronta. Fazei ali os preparativos”. 16.Partiram os discípulos para a cidade e acharam tudo como Jesus lhes havia dito, e prepararam a Páscoa. 17.Chegando a tarde, dirigiu-se ele para lá com os Doze. 18.E enquanto estavam sentados à mesa e comiam, Jesus disse: “Em verdade vos digo: um de vós que come comigo me há de entregar”. 19.Começaram a entristecer-se e a perguntar-lhe, um após outro: “Porventura sou eu?”. 20.Respondeu-lhes ele: “É um dos Doze, que se serve comigo do mesmo prato. 21.O Filho do Homem vai, segundo o que dele está escrito, mas ai daquele homem por quem o Filho do Homem for traído! Melhor lhe seria que nunca tivesse nascido…”. 22.Durante a refeição, Jesus tomou o pão e, depois de o benzer, partiu-o e deu-lho, dizendo: “Tomai, isto é o meu corpo”. 23.Em seguida, tomou o cálice, deu graças e apresentou-lho, e todos dele beberam. 24.E disse-lhes: “Isto é o meu sangue, o sangue da aliança, que é derramado por muitos. 25.Em verdade vos digo: já não beberei do fruto da videira até aquele dia em que o beberei de novo no Reino de Deus”.*

Jesus prediz a negação de Pedro

26.Terminado o canto dos Salmos, saíram para o monte das Oliveiras. 27.E Jesus disse-lhes: “Vós todos vos escandalizareis, pois está escrito: Ferirei o pastor, e as ovelhas serão dispersas (Zc 13,7). 28.Mas depois que eu ressurgir, eu vos precederei na Galileia”. 29.Entretanto, Pedro lhe respondeu: “Ainda que todos se escandalizem de ti, eu, porém, nunca!”. 30.Jesus disse-lhe: “Em verdade te digo: hoje, nesta mesma noite, antes que o galo cante duas vezes, três vezes me terás negado”. 31.Mas Pedro repetia com maior ardor: “Ainda que seja preciso morrer contigo, não te rene­garei”. E todos disseram o mesmo.

Suprema angústia

32.Foram em seguida para o lugar chamado Getsêmani, e Jesus disse a seus discípulos: “Sentai-vos aqui, enquanto vou orar”. 33.Levou consigo Pedro, Tiago e João; e começou a ter pavor e a angustiar-se. 34.Disse-lhes: “A minha alma está numa tristeza mortal; ficai aqui e vigiai”. 35.Adiantando-se alguns passos, prostrou-se com a face por terra e orava que, se fosse possível, passasse dele aquela hora. 36.“Aba! (Pai!), suplicava ele. Tudo te é possível; afasta de mim este cálice! Contudo, não se faça o que eu quero, senão o que tu queres.” 37.Em seguida, foi ter com seus discípulos e achou-os dormindo. Disse a Pedro: “Simão, dormes? Não pudeste vigiar uma hora! 38.Vigiai e orai, para que não entreis em tentação. Pois o espírito está pronto, mas a carne é fraca”. 39.Afastou-se outra vez e orou, dizendo as mesmas palavras. 40.Voltando, achou-os de novo dormindo, porque seus olhos estavam pesados; e não sabiam o que lhe res­ponder. 41.Voltando pela terceira vez, disse-lhes: “Dormi e descansai. Basta! Veio a hora! O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos pecadores. 42.Levantai-vos e vamos! Aproxima-se o que me há de entregar”.

Prisão de Jesus

43.Ainda falava, quando chegou Judas Iscariotes, um dos Doze, e com ele um bando armado de espadas e cacetes, enviado pelos sumos sacerdotes, escribas e anciãos. 44.Ora, o traidor tinha-lhes dado o seguinte sinal: “Aquele a quem eu beijar é ele. Prendei-o e levai-o com cuidado”. 45.Assim que ele se aproximou de Jesus, disse: “Rabi!” –, e o beijou. 46.Lançaram-lhe as mãos e o prenderam. 47.Um dos circunstantes tirou da espada, feriu o servo do sumo sacerdote e decepou-lhe a orelha. 48.Mas Jesus tomou a palavra e disse-lhes: “Como a um bandido, saístes com espadas e cacetes para prender-me! 49.Entretanto, todos os dias estava convosco, ensinando no templo, e não me prendestes. Mas isso acontece para que se cumpram as Escrituras”. 50.Então, todos o abandonaram e fugiram. 51.Seguia-o um jovem coberto somente de um pano de linho; e prenderam-no. 52.Mas, lançando ele de si o pano de linho, escapou-lhes despido.*

Jesus em casa de Caifás

53.Conduziram Jesus à casa do sumo sacerdote, onde se reuniram todos os sacerdotes, escribas e anciãos. 54.Pedro o foi seguindo de longe até dentro do pátio. Sentou-se junto do fogo com os servos e aquecia-se. 55.Os sumos sacerdotes e todo o conselho buscavam algum testemunho contra Jesus, para o condenar à morte, mas não o achavam. 56.Muitos diziam falsos testemunhos contra ele, mas seus depoimentos não concordavam. 57.Levantaram-se, então, alguns e deram este falso testemunho contra ele: 58.“Ouvimo-lo dizer: Eu destruirei este templo, feito por mãos de homens, e em três dias edificarei outro, que não será feito por mãos de homens”.* 59.Mas nem neste ponto eram coerentes os seus testemunhos. 60.O sumo sacerdote levantou-se no meio da assembleia e perguntou a Jesus: “Não respondes nada? O que é isto que dizem contra ti?”. 61.Mas Jesus se calava e nada respondia. O sumo sacerdote tornou a perguntar-lhe: “És tu o Cristo, o Filho de Deus bendito?”. 62.Jesus respondeu: “Eu o sou. E vereis o Filho do Homem sentado à direita do poder de Deus, vindo sobre as nuvens do céu”. 63.O sumo sacerdote rasgou então as suas vestes. “Para que desejamos ainda testemunhas?!” – exclamou ele –. 64.“Ouvistes a blasfêmia! Que vos parece?” E unanimemente o julgaram merecedor da morte. 65.Alguns começaram a cuspir nele, a tapar-lhe o rosto, a dar-lhe socos e a dizer-lhe: “Adivinha!”. Os servos igualmente davam-lhe bofetadas.

Negação de Pedro

66.Estando Pedro embaixo, no pátio, veio uma das criadas do sumo sacerdote. 67.Ela fixou os olhos em Pedro, que se aquecia, e disse: “Também tu estavas com Jesus de Nazaré”. 68.Ele negou: “Não sei, nem compreendo o que dizes”. E saiu para a entrada do pátio; e o galo cantou. 69.A criada, que o vira, começou a dizer aos circunstantes: “Este faz parte do grupo deles”. 70.Mas Pedro negou outra vez. Pouco depois, os que ali estavam diziam de novo a Pedro: “Certamente tu és daqueles, pois és galileu.” 71.Então, ele começou a praguejar e a jurar: “Não conheço esse homem de quem falais.” 72.E imediatamente cantou o galo pela segunda vez. Pedro lembrou-se da palavra que Jesus lhe havia dito: “Antes que o galo cante duas vezes, três vezes me negarás”. E, lembrando-se disso, rompeu em soluços.

Jesus entregue a Pilatos

15.   1.Logo pela manhã, se reuniram os sumos sacerdotes com os anciãos, os escribas e com todo o conselho. E tendo amarrado Jesus, levaram-no e entregaram-no a Pilatos. 2.Este lhe perguntou: “És tu o rei dos judeus?”. Ele lhe respondeu: “Sim”. 3.Os sumos sacerdotes acusavam-no de muitas coisas. 4.Pilatos perguntou-lhe outra vez: “Nada respondes? Vê de quantos delitos te acusam!”. 5.Mas Jesus nada mais respondeu, de modo que Pilatos ficou admirado. 6.Ora, costumava ele soltar-lhes em cada festa qualquer dos presos que pedissem. 7.Havia na prisão um, chamado Barrabás, que fora preso com seus cúmplices, o qual na sedição perpetrara um homicídio. 8.O povo que tinha subido começou a pedir-lhe aquilo que sempre lhes costumava conceder. 9.Pilatos respondeu-lhes: “Quereis que vos solte o rei dos judeus?”. 10.(Porque sabia que os sumos sacerdotes o haviam entregue por inveja.) 11.Mas os pontífices instigaram o povo para que pedissem de preferência que lhes soltasse Barrabás. 12.Pilatos falou-lhes outra vez: “E que quereis que eu faça daquele a quem chamais o rei dos judeus?”. 13.Eles tornaram a gritar: “Crucifica-o!”. 14.Pilatos replicou: “Mas que mal fez ele?”. Eles clamavam mais ainda: “Crucifica-o!”. 15.Querendo Pilatos satisfazer o povo, soltou-lhes Barra­bás e entregou Jesus, depois de açoitado, para que fosse crucificado.

Cena de opróbrios

16.Os soldados conduziram-no ao interior do pátio, isto é, ao pretório, onde convocaram toda a coorte. 17.Vestiram Jesus de púrpura, teceram uma coroa de espinhos e a colocaram na sua cabeça. 18.E começaram a saudá-lo: “Salve, rei dos judeus!”. 19.Davam-lhe na cabeça com uma vara, cuspiam nele e punham-se de joelhos como para homenageá-lo. 20.Depois de terem escarnecido dele, tiraram-lhe a púrpura, deram-lhe de novo as vestes e conduziram-no fora para o crucificar.

No Calvário

21.Passava por ali certo homem de Cirene, chamado Simão, que vinha do campo, pai de Alexandre e de Rufo, e obrigaram-no a que lhe levasse a cruz. 22.Conduziram Jesus ao lugar chamado Gólgota, que quer dizer lugar do crânio. 23.Deram-lhe de beber vinho misturado com mirra, mas ele não o aceitou. 24.Depois de o terem crucificado, repartiram as suas vestes, tirando à sorte sobre elas, para ver o que tocaria a cada um. 25.Era a hora terceira quando o crucificaram. 26.A inscrição que motivava a sua condenação dizia: “O rei dos judeus”. 27.Crucificaram com ele dois bandidos: um à sua direita e outro à esquerda. 28.[Cumpriu-se assim a passagem da Escritura que diz: Ele foi contado entre os malfeitores (Is 53,12).] 29.Os que iam passando injuriavam-no e abanavam a cabeça, dizendo: “Olá! Tu que destróis o templo e o reedificas em três dias, 30.salva-te a ti mesmo! Desce da cruz!”. 31.Dessa maneira, escarneciam dele também os sumos sacer­dotes e os escribas, dizendo uns para os outros: “Salvou a outros e a si mesmo não pode salvar! 32.Que o Cristo, rei de Israel, desça agora da cruz, para que vejamos e creiamos!”. Também os que haviam sido crucificados com ele o insultavam. 33.Desde a hora sexta até a hora nona, houve trevas por toda a terra. 34.E à hora nona, Jesus bradou em alta voz: “Elói, Elói, lammá sabactá­ni?”, que quer dizer: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonas­te?”. 35.Ouvindo isso, alguns dos circunstantes diziam: “Ele chama por Elias!”. 36.Um deles correu e ensopou uma esponja em vinagre e, pondo-a na ponta de uma vara, deu-lho para beber, dizendo: “Dei­xai, vejamos se Elias vem tirá-lo”. 37.Jesus deu um grande brado e expirou. 38.O véu do templo rasgou-se então de alto a baixo em duas partes. 39.O centurião que estava diante de Jesus, ao ver que ele tinha expirado assim, disse: “Este homem era realmente o Filho de Deus”. 40.Achavam-se ali também umas mulheres, observando de longe, entre as quais Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, o Menor, e de José, e Salomé, 41.que o tinham seguido e o haviam assistido, quando ele estava na Galileia; e muitas outras que haviam subido juntamente com ele a Jerusalém.

Sepultura

42.Quando já era tarde – era a Preparação, isto é, a véspera do sábado –, 43.veio José de Arimateia, ilustre membro do conselho, que também esperava o Reino de Deus; ele foi resoluto à presença de Pilatos e pediu o corpo de Jesus. 44.Pilatos admirou-se de que ele tivesse morrido tão depressa. E, chamando o centurião, perguntou se já havia muito tempo que Jesus tinha morrido. 45.Obtida a resposta afirmativa do centurião, mandou dar-lhe o corpo. 46.Depois de ter comprado um pano de linho, José tirou-o da cruz, envolveu-o no pano e depositou-o num sepulcro escavado na rocha, rolando uma pedra para fechar a entrada. 47.Maria Madalena e Maria, mãe de José, observavam onde o depositavam.

O Sepulcro vazio

16.   1.Passado o sábado, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé compraram aromas para ungir Jesus. 2.E no primeiro dia da semana, foram muito cedo ao sepulcro, mal o sol havia despontado.* 3.E diziam entre si: “Quem removerá a pedra do sepulcro para nós?”. 4.Levantando os olhos, elas viram removida a pedra, que era muito grande. 5.Entrando no sepulcro, viram, sentado do lado direito, um jovem, vestido de roupas brancas, e assustaram-se. 6.Ele lhes falou: “Não tenhais medo. Buscais Jesus de Naza­ré, que foi crucificado. Ele ressuscitou, já não está aqui. Eis o lugar onde o depositaram. 7.Mas ide, dizei a seus discípulos e a Pedro que ele vos precede na Galileia. Lá o vereis como vos disse”. 8.Elas saíram do sepulcro e fugiram trêmulas e amedrontadas. E a ninguém disseram coisa alguma por causa do medo.

Epílogo

9.Tendo Jesus ressuscitado de manhã, no primeiro dia da semana apareceu primeiramente a Maria de Magdala, de quem tinha expulsado sete demônios.* 10.Foi ela noticiá-lo aos que estiveram com ele, os quais estavam aflitos e chorosos. 11.Quando souberam que Jesus vivia e que ela o tinha visto, não quiseram acreditar.

Aparição aos discípulos

12.Mais tarde, ele apareceu sob outra forma a dois entre eles que iam para o campo.* 13.Eles foram anunciá-lo aos demais. Mas estes tampouco acreditaram. 14.Por fim, apareceu aos Onze, quando estavam sentados à mesa, e censurou-lhes a incredulidade e dureza de coração, por não acreditarem nos que o tinham visto ressuscitado. 15.E disse-lhes: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura. 16.Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado. 17.Estes milagres acompanharão os que crerem: expulsarão os demônios em meu nome, falarão novas línguas, 18.manusearão serpentes e, se beberem algum veneno mortal, não lhes fará mal; imporão as mãos aos enfermos e eles ficarão curados”. 19.Depois que o Senhor Jesus lhes falou, foi levado ao céu e está sentado à direita de Deus. 20.Os discípulos partiram e pregaram por toda parte. O Senhor cooperava com eles e confirmava a sua palavra com os milagres que a acompanha­vam.

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