DESAFIO: "A BÍBLIA EM UM ANO"

Tricentésimo décimo nono dia: Pentecostes, a promessa do Espírito Santo

Na leitura bíblica do nosso desafio de hoje meditamos a história da implantação da igreja de Cristo na Palestina. Jesus ressuscitou e apareceu vivo para seus discípulos durante quarenta dias, ensinando sobre o Reino de Deus e prometendo o Espírito Santo. Em seguida, Jesus ascendeu ao céu na presença de seus discípulos. Os discípulos retornaram a Jerusalém e, no cenáculo, aguardaram o cumprimento da promessa do Espírito Santo. No dia de Pentecostes, o Espírito Santo desceu sobre eles e eles começaram a falar em outras línguas. Pedro fez um discurso para o povo, proclamando que Jesus é o Senhor e o Cristo. Muitos se arrependeram, foram batizados e se uniram em comunidade, perseverando na doutrina dos apóstolos, na oração e na partilha. Faça a leitura de preferencia em sua Bíblia dos capítulos 1, 2 e 3 do livro dos Atos dos Apóstolos (At).

Atos dos Apóstolos 

Prólogo

1.   1.Em minha primeira narração, ó Teó­filo, contei toda a sequência das ações e dos en­si­na­mentos de Jesus, 2.desde o princípio até o dia em que, depois de ter dado pelo Espírito Santo suas instruções aos apóstolos que escolhera, foi arrebatado (ao céu).

IMPLANTAÇÃO DA IGREJA DE CRISTO NA PALESTINA (1, 4 – 12)

Promessa do Espírito Santo

3.E a eles se manifestou vivo depois de sua Paixão, com muitas provas, aparecendo-lhes durante quarenta dias e falando das coisas do Reino de Deus. 4.E comendo com eles, ordenou-lhes que não se afastassem de Jerusalém, mas que esperassem aí o cumprimento da promessa de seu Pai, “que ouvis­tes” – disse ele – “da minha boca; 5.porque João batizou na água, mas vós sereis batizados no Espírito Santo daqui a poucos dias”.

Ascensão

6.Assim reunidos, eles o interrogavam: “Senhor, é porventura agora que ides instaurar o reino de Israel?”. 7.Respondeu-lhes ele: “Não vos pertence a vós saber os tempos nem os momentos que o Pai fixou em seu poder, 8.mas descerá sobre vós o Espírito Santo e vos dará força; e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia e Samaria e até os confins do mundo”. 9.Dizendo isso, elevou-se da (terra) à vista deles e uma nuvem o ocultou aos seus olhos. 10.Enquanto o acompanhavam com seus olhares, vendo-o afastar-se para o céu, eis que lhes apareceram dois homens vestidos de branco, que lhes disseram: 11.“Homens da Galileia, por que ficais aí a olhar para o céu? Esse Jesus que acaba de vos ser arrebatado para o céu voltará do mesmo modo que o vistes subir para o céu”.

Os discípulos no cenáculo

12.Voltaram eles então para Jerusalém do monte chamado das Oli­veiras, que fica perto de Jerusalém, distante uma jornada de sábado.* 13.Tendo entrado no cenáculo, subiram ao quarto de cima, onde costumavam permanecer. Eram eles: Pedro e João, Tiago, André, Filipe, Tomé, Bartolomeu, Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão, o Zelador, e Judas, irmão de Tiago. 14.Todos eles perseveravam unanimemente na oração, juntamente com as mulheres, entre elas Maria, mãe de Jesus, e os irmãos dele.

Eleição de Matias

15.Em um daqueles dias, levantou-se Pedro no meio de seus irmãos, na assembleia reunida que constava de umas cento e vinte pessoas, e disse: 16.“Irmãos, convinha que se cumprisse o que o Espírito Santo predisse na escritura pela boca de Davi, acerca de Judas, que foi o guia daqueles que prenderam Jesus. 17.Ele era um dos nossos e teve parte no nosso ministério. 18.Esse homem adquirira um campo com o salário de seu crime. Depois, tombando para a frente, arrebentou-se pelo meio, e todas as suas entranhas se derramaram.* 19.(Tornou-se este fato conhecido dos habitantes de Jerusalém, de modo que aquele campo foi chamado na língua deles Hacéldama, isto é, Campo de Sangue.) 20.Pois está escrito no Livro dos Salmos: Fique deserta a sua habitação, e não haja quem nela habite; e ainda mais: Que outro receba o seu cargo (Sl 68,26; 108,8). 21.Convém, pois, que destes homens que têm estado em nossa companhia todo o tempo em que o Senhor Jesus viveu entre nós, 22.a começar do batismo de João até o dia em que de nosso meio foi arrebatado, um deles se torne conosco testemunha da sua Ressurreição”. 23.Propuseram dois: José, chamado Bar­sabás, que tinha por sobrenome Justo, e Matias. 24.E oraram nestes termos: “Ó Senhor, que conheces os corações de todos, mostra-nos qual destes dois escolheste 25.para tomar neste ministério e apostolado o lugar de Judas que se transviou, para ir para o seu próprio lugar”. 26.Deitaram sorte e caiu a sorte em Matias, que foi incorporado aos onze apóstolos.

Vinda do Espírito Santo

2.   1.Chegando o dia de Pentecostes, estavam todos reu­nidos no mesmo lugar.* 2.De repente, veio do céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. 3.Apareceu-lhes então uma espécie de línguas de fogo, que se repartiram e pousaram sobre cada um deles. 4.Ficaram todos cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem. 5.Achavam-se então em Jerusalém judeus piedosos de todas as nações que há debaixo do céu. 6.Ouvindo aquele ruído, reuniu-se muita gente e maravilhava-se de que cada um os ouvia falar na sua própria língua. 7.Profundamente impressionados, manifestavam a sua admiração: “Não são, porventura, galileus todos estes que falam? 8.Como então todos nós os ouvimos falar, cada um em nossa própria língua materna? 9.Partos, medos, elamitas; os que habitam a Mesopotâmia, a Judeia, a Capadócia, o Ponto, a Ásia,* 10.a Frígia, a Panfília, o Egito e as províncias da Líbia próximas a Cirene; peregrinos romanos, 11.judeus ou prosélitos, cretenses e árabes; ouvimo-los publicarem em nossas línguas as maravilhas de Deus!”.* 12.Estavam, pois, todos atônitos e, sem saber o que pensar, perguntavam uns aos outros: “Que significam estas coisas?”. 13.Outros, porém, escarnecendo, diziam: “Estão todos embriagados de vinho doce”.

Discurso de Pedro

14.Pedro, então, pondo-se de pé em companhia dos Onze, com voz forte lhes disse: “Homens da Judeia e vós todos que habitais em Jerusalém: seja-vos isto conhecido e prestai atenção às mi­nhas palavras. 15.Estes homens não estão embriagados, como vós pensais, visto não ser ainda a hora terceira do dia.* 16.Mas cumpre-se o que foi dito pelo profeta Joel: 17.Acontecerá nos últimos dias – é Deus quem fala –, que derramarei do meu Espírito sobre todo ser vivo: profetizarão os vossos filhos e as vossas filhas. Os vossos jovens terão visões, e os vossos anciãos sonharão. 18.Sobre os meus servos e sobre as minhas servas derramarei naqueles dias do meu Espírito e profetizarão. 19.Farei aparecer prodígios em cima, no céu, e milagres embaixo, na terra: sangue, fogo e vapor de fumaça. 20.O sol se converterá em trevas e a lua em sangue, antes que venha o grande e glorioso dia do Senhor. 21.E, então, todo o que invocar o nome do Senhor será salvo (Jl 3,1-5)”. 22.“Israelitas, ouvi estas palavras: Jesus de Naza­ré, homem de quem Deus tem dado testemunho diante de vós com milagres, prodígios e sinais que Deus por ele realizou no meio de vós como vós mesmos o sabeis, 23.depois de ter sido entregue, segundo determinado desígnio e presciência de Deus, vós o matastes, crucificando-o por mãos de ímpios. 24.Mas Deus o ressuscitou, rompendo os gri­lhões da morte, porque não era possível que ela o retivesse em seu poder. 25.Pois dele diz Davi: Eu via sempre o Senhor perto de mim, pois ele está à minha direita, para que eu não seja abalado. 26.Alegrou-se por isso o meu coração e a minha língua exultou. Sim, também a minha carne repousará na esperança, 27.pois não deixarás a minha alma na região dos mortos, nem permitirás que o teu Santo conheça a corrupção. 28.Fizeste-me conhecer os caminhos da vida, e me encherás de alegria com a visão de tua face (Sl 15,8-11). 29.Irmãos, seja permitido dizer-vos com franqueza: do patriar­ca Davi dizemos que morreu e foi sepultado, e o seu sepulcro está entre nós até o dia de hoje. 30.Mas ele era profeta e sabia que Deus lhe havia jurado que um dos seus descendentes seria colocado no seu trono. 31.É, portanto, a ressurreição de Cristo que ele previu e anunciou por estas palavras: Ele não foi abandonado na região dos mortos, e sua carne não conheceu a corrupção. 32.A este Jesus, Deus o ressuscitou: do que todos nós somos testemu­nhas. 33.Exaltado pela direita de Deus, havendo recebido do Pai o Espírito Santo prometido, derramou-o como vós vedes e ouvis. 34.Pois Davi pessoal­mente não subiu ao céu, todavia diz: O Senhor disse a meu Senhor: Senta-te à minha direita 35.até que eu ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés (Sl 109,1). 36.Que toda a casa de Israel saiba, portanto, com a maior certeza de que este Jesus, que vós crucificastes, Deus o constituiu Senhor e Cristo.”* 37.Ao ouvirem essas coisas, ficaram com­pun­gidos no íntimo do coração e indagaram de Pedro e dos demais apóstolos: “Que devemos fazer, irmãos?”. 38.Pedro lhes respondeu: “Arre­pen­dei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo, 39.pois a promessa é para vós, para os vossos filhos e para todos os que ouvirem de longe o apelo do Senhor, nosso Deus”.* 40.Ainda com muitas outras palavras exortava-os, dizendo: “Salvai-vos do meio dessa geração perversa!”. 41.Os que receberam a sua palavra foram batizados. E naquele dia elevou-se a mais ou menos três mil o número de adeptos.

Sumário: Primeira comunidade

42.Perseveravam eles na doutrina dos apóstolos, nas reuniões em comum, na fração do pão e nas orações.* 43.De todos eles se apoderou o temor, pois pelos apóstolos foram feitos também muitos prodígios e milagres em Jerusalém, e o temor estava em todos os corações. 44.Todos os fiéis viviam unidos e tinham tudo em comum. 45.Vendiam as suas propriedades e os seus bens, e dividiam-nos por todos, segundo a necessidade de cada um. 46.Unidos de coração, frequentavam todos os dias o templo. Partiam o pão nas casas e tomavam a comida com alegria e singeleza de coração, 47.louvando a Deus e cativando a simpatia de todo o povo. E o Senhor cada dia lhes ajuntava outros, que estavam a caminho da salvação.*

Cura de um coxo

3.   1.Pedro e João iam subindo ao templo para rezar à hora nona. 2.Nisto levavam um homem que era coxo de nascença e que punham todos os dias à porta do templo, chamada Formosa, para que pedisse esmolas aos que entravam no templo. 3.Quando ele viu que Pedro e João iam en­trando no templo, implorou a eles uma esmola. 4.Pedro fitou nele os olhos, como também João, e disse: “Olha para nós”. 5.Ele os olhou com atenção, esperando receber deles alguma coisa. 6.Pedro, porém, disse: “Não tenho nem ouro nem prata, mas o que tenho, eu te dou: em nome de Jesus Cristo Nazareno, levanta-te e anda!”. 7.E, tomando-o pela mão direita, levantou-o. Imediatamente os pés e os tornozelos se lhe firmaram. De um salto, pôs-se de pé e andava. 8.Entrou com eles no templo, caminhando, saltando e louvando a Deus. 9.Todo o povo o viu andar e louvar a Deus. 10.Reconheceram ser o mesmo coxo que se sentava para mendigar à porta Formosa do templo, e encheram-se de espanto e pasmo pelo que lhe tinha acontecido. 11.Como ele se conservava perto de Pedro e João, uma multidão de curiosos afluiu a eles no pórtico chamado Salomão.

Discurso de Pedro no Pórtico

12.À vista disso, falou Pedro ao povo: “Homens de Israel, por que vos admirais assim? Ou por que fitais os olhos em nós, como se por nossa própria virtude ou piedade tivéssemos feito este homem andar? 13.O Deus de Abraão, de Isaac, de Jacó, o Deus de nossos pais glorificou seu servo Jesus, que vós entregastes e negastes perante Pilatos, quando este resolvera soltá-lo. 14.Mas vós renegastes o Santo e o Justo e pedis­tes que se vos desse um homicida. 15.Matastes o Príncipe da vida, mas Deus o ressuscitou dentre os mortos: disso nós somos testemunhas. 16.Em virtude da fé em seu nome foi que esse mesmo nome consolidou este homem, que vedes e conheceis. Foi a fé em Jesus que lhe deu essa cura perfeita, à vista de todos vós. 17.Agora, irmãos, sei que o fizes­tes por ignorância, como também os vossos chefes. 18.Deus, porém, assim cumpriu o que já antes anunciara pela boca de todos os profetas: que o seu Cristo devia padecer. 19.Arrependei-vos, portanto, e convertei-vos, para serem apagados os vossos pecados. 20.Virão, assim, da parte do Senhor os tempos de refrigério, e ele enviará aquele que vos é destinado: Cristo Jesus. 21.É necessário, porém, que o céu o receba até os tempos da restauração universal, da qual falou Deus, outrora, pela boca dos seus santos profetas. 22.Já dissera Moisés: O Senhor, nosso Deus, vos suscitará dentre vossos irmãos um profeta semelhante a mim: a este ouvireis em tudo o que ele vos disser. 23.Todo aquele que não ouvir esse profeta será exterminado do meio do povo (Dt 18,15.19). 24.Todos os profetas, que têm falado sucessivamente desde Samuel, anunciaram estes dias. 25.Vós sois filhos dos profetas e da aliança que Deus estabeleceu com os nossos pais, quando disse a Abraão: Na tua descendência serão abençoadas todas as famílias da terra (Gn 22,18). 26.Foi em primeiro lugar para vós que Deus suscitou o seu servo, para vos abençoar, a fim de que cada um se aparte da sua iniquidade”.

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