DESAFIO: "A BÍBLIA EM UM ANO"

Ducentésimo décimo segundo dia: A luta contra o pecado e a busca pela sabedoria

Continuamos o nosso desafio, e aqui nós vamos refletir sobre a importância de evitar o pecado da língua e buscar a sabedoria para não cometer erros por ignorância. O autor sagrado disponibiliza uma bela oração para sermos preservados do pecado e nela ele pede a Deus para não ser abandonado ao conselho de seus lábios. Ele menciona a necessidade de evitar a arrogância e a cobiça, e destaca que a linguagem grosseira sempre leva ao pecado. O texto também aborda a importância de lembrarmo-nos dos pais e voltar às origens. O autor fala sobre a luxúria, o pecado e o vício da fornicação, e enfatiza sobre a importância de se manter vigilante e buscar os ensinamentos de Deus. Faça a leitura de preferencia em sua Bíblia dos capítulos 23, 24 e 25 do livro do Eclesiástico (Eclo).

Livro do Eclesiástico

23.   1 Senhor, meu pai e soberano de minha vida, não me abandoneis ao conselho de meus lábios, e não permitais que eles me façam sucumbir. 2 Quem fará sentir o chicote em meus pensamentos, e em meu coração a doutrina da sabedoria, para eu não ser poupado nos pecados por ignorância, a fim de que esses erros não apareçam? 3 Para que não aumentem as minhas omissões, e não se multipliquem as minhas ignorâncias, e eu não caia diante de meus adversários, e não escarneça de mim o meu inimigo? 4 Senhor, meu pai e Deus de minha vida, não me abandoneis às suas sugestões; 5 não me deis olhos altivos e preservai-me da cobiça! 6 Afastai de mim a intemperança! Que a paixão da volúpia não se apodere de mim e não me entregueis a uma alma sem pejo e sem pudor!

Disciplina da língua

7 Ouvi, filhos, o conhecimento que eu vos dou: aquele que o guardar não perecerá pelos lábios, nem cairá em ações criminosas. 8 O pecador é apanhado pela sua leviandade; o orgulhoso e o maledicente nela encontrarão motivos de queda. 9 Que tua boca não se acostume ao juramento, porque isso leva a muitos pecados. 10 Que o nome de Deus não esteja sempre na tua boca, e que não mistures nas tuas conversas o nome dos santos, porque nisso não estarias isento de culpa. 11 Pois, assim como um escravo submetido continuamente à tortura, dela trará as cicatrizes, assim, todo homem que jura pelo nome de Deus, não poderá totalmente escapar ao pecado. 12 O homem que jura com freqüência será cheio de iniqüidade, e o flagelo não deixará a sua casa; 13 se não cumprir o juramento, sua culpa recairá sobre ele; e, se dissimular, pecará duplamente. 14 Se jurar em vão, isso não o justificará: sua casa será cheia de castigos. 15 Há uma outra palavra que merece a morte, e não deve ser encontrada na herança de Jacó! 16 Tudo isto está longe dos homens piedosos, que não se comprazem em tais crimes. 17 Não acostumes tua boca a uma linguagem grosseira, pois aí sempre haverá pecado. 18 Lembra-te de teu pai e de tua mãe, quando te achares no meio dos poderosos, 19 para não acontecer que Deus se esqueça de ti na presença deles, e que, tornando-te insensato pela tua excessiva familiaridade, tenhas de suportar um insulto, e desejes não ter nascido, e amaldiçoes o dia do teu nascimento. 20 O homem acostumado a dizer palavras injuriosas jamais se corrigirá disso.

Luxúria e adultério

21 Duas espécies de pessoas multiplicam os pecados, e a terceira atrai sobre si a cólera e a perdição. 22 A alma que queima como um fogo ardente não se apagará antes de ter devorado alguma coisa. 23 O homem que abusa de seu próprio corpo, não terá sossego enquanto não acender uma fogueira. 24 Para o fornicador todo o alimento é doce; não se cansará de pecar até à morte. 25 O homem que profana seu leito prejudica-se a si mesmo, e diz: Quem me vê? 26 As trevas me rodeiam, as paredes me escondem; ninguém me olha; a quem temerei? O Altíssimo não se recordará de meus pecados. 27 E ele não compreende que o olhar de Deus tudo vê, que um semelhante temor humano exclui dele o temor a Deus, e que os olhos dos homens o temem. 28 Ele não sabe que os olhos do Senhor são muito mais luminosos que o sol, que examinam por todos os lados o procedimento dos homens, as profundezas do abismo, e investigam o coração humano até em seus mais íntimos esconderijos. 29 Pois, o Senhor Deus conhecia todas as coisas antes de tê-las criado, e as vê todas, depois que as completou. 30 Este tal será castigado nas praças públicas da cidade; será posto em fuga como o potro da égua, e será apanhado onde menos o esperar. 31 Será vexado diante de todos, porque não compreendeu o que é o temor a Deus. 32 Assim também perecerá toda mulher que deixar seu marido, e lhe der como herdeiro um filho adulterino, 33 porque primeiramente ela foi desobediente à lei do Altíssimo, em segundo lugar pecou contra o seu marido, cometendo assim um adultério, dando-se a si filhos de outro homem. 34 Essa mulher será trazida perante a assembléia, e seus filhos serão vigiados. 35 Seus filhos não pegarão raízes; seus ramos não darão frutos. 36 Ela deixará uma memória maldita, e sua desonra jamais se apagará. 37 E todos aqueles que lhe sobreviverem reconhecerão que nada é melhor do que o temor a Deus, e nada mais suave que guardar os seus preceitos. 38 É uma grande glória seguir o Senhor, pois é ele quem dá vida longa.

Elogio da sabedoria

24.   1 A sabedoria faz o seu próprio elogio, honra-se em Deus, gloria-se no meio do seu povo. 2 Ela abre a boca na assembléia do Altíssimo, gloria-se diante dos exércitos do Senhor, 3 é exaltada no meio do seu povo, e admirada na assembléia santa. 4 Entre a multidão dos eleitos, recebe louvores, e bênçãos entre os abençoados de Deus. 5 Ela diz: Saí da boca do Altíssimo; nasci antes de toda criatura. 6 Eu fiz levantar no céu uma luz indefectível, e cobri toda a terra como que de uma nuvem. 7 Habitei nos lugares mais altos: meu trono está numa coluna de nuvens. 8 Sozinha percorri a abóbada celeste, e penetrei nas profundezas dos abismos. Andei sobre as ondas do mar, 9 e percorri toda a terra. Imperei sobre todos os povos 10 e sobre todas as nações. 11 Tive sob os meus pés, com meu poder, os corações de todos os homens, grandes e pequenos. Entre todas as coisas procurei um lugar de repouso, e habitarei na moradia do Senhor. 12 Então a voz do Criador do universo deu-me suas ordens, e aquele que me criou repousou sob minha tenda. 13 E disse-me: Habita em Jacó, possui tua herança em Israel, estende tuas raízes entre os eleitos. 14 Desde o início, antes de todos os séculos, ele me criou, e não deixarei de existir até o fim dos séculos; e exerci as minhas funções diante dele na casa santa. 15 Assim fui firmada em Sião; repousei na cidade santa, e em Jerusalém está a sede do meu poder. 16 Lancei raízes no meio de um povo glorioso, cuja herança está na partilha de meu Deus; e fixei minha morada na assembléia dos santos. 17 Elevei-me como o cedro do Líbano, como o cipreste do monte Sião; 18 cresci como a palmeira de Cades, como as roseiras de Jericó. 19 Elevei-me como uma formosa oliveira nos campos, como um plátano no caminho à beira das águas. 20 Exalo um perfume de canela e de bálsamo odorífero, um perfume como de mirra escolhida; 21 como o estoraque, o gálbano, o ônix e a mirra, como a gota de incenso que cai por si própria, perfumei minha morada. Meu perfume é como o de um bálsamo sem mistura. 22 Estendi meus galhos como um terebinto, meus ramos são de honra e de graça. 23 Cresci como a vinha de frutos de agradável odor, e minhas flores são frutos de glória e abundância. 24 Sou a mãe do puro amor, do temor (de Deus), da ciência e da santa esperança, 25 em mim se acha toda a graça do caminho e da verdade, em mim toda a esperança da vida e da virtude. 26 Vinde a mim todos os que me desejais com ardor, e enchei-vos de meus frutos; 27 pois meu espírito é mais doce do que o mel, e minha posse mais suave que o favo de mel. 28 A memória de meu nome durará por toda a série dos séculos. 29 Aqueles que me comem terão ainda fome, e aqueles que me bebem terão ainda sede. 30 Aquele que me ouve não será humilhado, e os que agem por mim não pecarão. 31 Aqueles que me tornam conhecida terão a vida eterna.

A sabedoria e Lei

32 Tudo isso é o livro da vida, a aliança do Altíssimo, e o conhecimento da verdade. 33 Moisés deu-nos a lei com os preceitos da justiça, a herança da casa de Jacó e as promessas feitas a Israel. 34 (Deus) prometeu a seu servo Davi que faria sair dele um rei muito poderoso, o qual se sentaria eternamente num trono de glória. 35 (A lei) faz transbordar a sabedoria como o Fison, e como o Tigre na época dos frutos novos; 36 ela espalha a inteligência como o Eufrates, e uma inundação como a do Jordão no tempo da colheita. 37 É ela quem derrama a ciência como o Nilo, soltando as águas como o Geon no tempo da vindima. 38 Foi ele quem primeiro a conheceu perfeitamente, essa sabedoria impenetrável às almas fracas. 39 O seu pensamento é mais vasto do que o mar, e seu conselho, mais profundo do que o grande abismo. 40 Eu, a sabedoria, fiz correr os rios. 41 Sou como o curso da água imensa de um rio, como o canal de uma ribeira, e como um aqueduto saindo do paraíso. 42 Eu disse: Regarei as plantas do meu jardim, darei de beber aos frutos de meu prado; 43 e eis que meu curso de água tornou-se abundante, e meu rio tornou-se um mar. 44 Pois a luz da ciência que eu derramo sobre todos é como a luz da manhã, e de longe eu a torno conhecida 45 Penetrarei em todas as profundezas da terra, visitarei todos aqueles que dormem, e alumiarei todos os que confiam no Senhor. 46 Continuarei a espalhar a minha doutrina como uma profecia, e deixá-la-ei aos que buscam a sabedoria, e não abandonarei seus descendentes até o século santo. 47 Considerai que não trabalhei só para mim, mas para todos aqueles que buscam a verdade.

Coisas desejáveis e coisas detestáveis 

25.   1 Meu espírito se compraz em três coisas que têm a aprovação de Deus e dos homens: 2 a união entre os irmãos, o amor entre os parentes, e um marido que vive bem com sua mulher. 3 Mas há três espécies de gente que minha alma detesta, e cuja vida me é insuportável: 4 um pobre orgulhoso, um rico mentiroso e um ancião louco e insensato.

Maturidade da velhice

5 Como acharás na velhice aquilo que não tiveres acumulado na juventude? 6 Quão belo é para a velhice o saber julgar, e para os anciãos o saber aconselhar! 7 Quão bela é a sabedoria nas pessoas de idade avançada, e a inteligência com a prudência nas pessoas honradas! 8 A experiência consumada é a coroa dos anciãos; o temor de Deus é a sua glória.

As dez bem-aventuranças

9 Nove coisas se apresentam ao meu espírito, as quais considero felizes, e uma décima que anunciarei aos homens: 10 um homem que encontra a sua alegria em seus filhos; um homem que vive o bastante para ver a ruína de seus inimigos; 11 aquele – feliz dele! – que vive com uma mulher sensata, e que não pecou pela língua, nem teve de servir a pessoas indignas dele. 12 Feliz aquele que encontrou um amigo verdadeiro, e que fala da justiça a um ouvido atento. 13 Como é grande aquele que encontrou sabedoria e ciência! Mas nada é tão grande como aquele que teme ao Senhor: 14 o temor a Deus coloca-o acima de tudo. 15 Feliz o homem que recebeu o dom do temor a Deus. 16 O temor a Deus é o começo de seu amor, e a ele é preciso acrescentar um princípio de fé.

Virtudes e maldades da mulher

17 A tristeza do coração é uma chaga universal, e a maldade feminina é uma malícia consumada. 18 Toda chaga, não, porém, a chaga do coração; 19 toda malícia, não, porém, a malícia da mulher; 20 toda vingança, não, porém, a que nos causam nossos adversários; 21 toda vingança, não, porém, a de nossos inimigos. 22 Não há veneno pior que o das serpentes; 23 não há cólera que vença a da mulher. É melhor viver com um leão e um dragão, que morar com uma mulher maldosa. 24 A malícia de uma mulher transtorna-lhe as feições, obscurece-lhe o olhar como o de um urso, e dá-lhe uma tez com a aparência de saco. 25 Entre seus parentes, queixa-se o seu marido, e, ouvindo-os, suspira amargamente. 26 Toda malícia é leve, comparada com a malícia de uma mulher; que a sorte dos pecadores caia sobre ela! 27 Como uma ladeira arenosa aos pés de um ancião, assim é a mulher tagarela para um marido pacato. 28 Não contemples a beleza de uma mulher, não cobices uma mulher pela sua beleza. 29 Grandes são a cólera de uma mulher, sua audácia, sua desordem. 30 Se a mulher tiver o mando, ela se erguerá contra o marido. 31 Coração abatido, semblante triste e chaga de coração: eis (o que faz) uma mulher maldosa. 32 Mãos lânguidas, joelhos que se dobram: eis (o que faz) uma mulher que não traz felicidade ao seu marido. 33 Foi pela mulher que começou o pecado, e é por causa dela que todos morremos. 34 Não dês à tua água a mais ligeira abertura, nem à mulher maldosa a liberdade de sair a público. 35 Se ela não andar sob a direção de tuas mãos, ela te cobrirá de vergonha na presença de teus inimigos. 36 Separa-te do seu corpo, a fim de que não abuse sempre de ti.

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