DESAFIO: "A BÍBLIA EM UM ANO"

Ducentésimo décimo quinto dia: Oração eficaz, fruto da obediência a Deus

Hoje continuaremos nosso desafio com o livro do Eclesiástico, onde poderemos observar reflexões sobre a distribuição de bens para filhos, esposa, irmãos e amigos. Também menciona disposições relacionadas aos escravos, ressaltando a importância do trabalho e alertando sobre os vícios gerados pela ociosidade. Além disso, destaca a importância do temor a Deus como princípio da sabedoria e como fonte de proteção e livramento de todo o mal. O autor também faz referência às diferenças entre pessoas sensatas e insensatas, ressaltando a necessidade de submissão a Deus. Faça a leitura de preferencia em sua Bíblia dos capítulos 33, 34, 35 e 36 do livro do Eclesiástico (Eclo).

Livro do Eclesiástico

Ditos diversos

33.  1 Aquele que teme o Senhor não será surpreendido por nenhuma desgraça. Mas Deus o protegerá na provação, e o livrará de todo o mal. 2 O sábio não odeia nem os mandamentos nem os preceitos. Ele não se despedaçará como uma nave na tempestade. 3 O homem sensato crê na lei de Deus, e a lei lhe é fiel. 4 Aquele que esclarece uma pergunta, prepara a resposta; depois de assim ter orado, ele será atendido. Ele concentra as suas idéias e depois responde. 5 O coração do insensato é como as rodas de um carro, e o seu pensamento é semelhante a um eixo que gira. 6 O amigo zombador é como o garanhão, que relincha debaixo de qualquer um que o monta.

Sábias disposições de Deus

7 Por que um dia prevalece sobre outro dia, uma luz sobre outra luz, um ano sobre outro ano, (provindo todos) do mesmo sol? 8 Foi a ciência do Senhor que os diferenciou, quando criou o sol que atende às suas leis; 9 ele distinguiu os tempos e os dias de festa, nos quais os homens celebram pontualmente as solenidades. 10 Entre eles há alguns que Deus elevou e consagrou; a outros pôs no número dos dias comuns. Foi assim que Deus tirou todos os homens do solo e da terra de que foi formado Adão. 11 Em sua grande sabedoria, o Senhor os distinguiu, e diversificou os seus caminhos. 12 Entre eles, alguns foram abençoados e exaltados, outros foram santificados, e ele os tomou para si. Entre eles, alguns foram amaldiçoados e humilhados, os quais ele expulsou de seu lugar de exílio. 13 Como o barro está nas mãos do oleiro, que o molda e o dispõe, 14 dando-lhe todas as formas que deseja, assim é o homem na mão de quem o criou, e que lhe retribuirá segundo o seu juízo. 15 Diante do mal está o bem; diante da morte, a vida, assim também diante do justo está o pecador. Considera assim todas as obras do Altíssimo; estão sempre duas a duas, opostas uma à outra.

Objetivo do autor

16 E eu fui o último que despertei, e fiz como o que junta os grãos depois da vindima. 17 Eu também esperei na bênção de Deus, e enchi a tina como o vindimador. 18 Olhai que não trabalhei só para mim, mas para todos os que buscam a doutrina. 19 Ouvi-me, ó poderosos e todos os povos! E vós, chefes da assembléia, escutai-me!

Distribuição dos bens próprios

20 Ao teu filho, à tua mulher, ao teu irmão, ao teu amigo, não concedas autoridade sobre ti durante tua vida. Não dês teus bens a outrem, para não te arrependeres e teres de tornar a pedi-los. 21 Enquanto viveres e respirares, que ninguém te faça mudar a esse respeito, 22 porque é melhor que os teus filhos te peçam, do que estares tu olhando para as mãos de teus filhos. 23 Em tudo o que fizeres conserva a tua autoridade; 24 não manches o teu bom nome. (Somente) no fim de tua vida, no momento da morte, distribuirás a tua herança.

Comportamento com os escravos

25 Para o jumento o feno, a vara e a carga. Para o escravo o pão, o castigo e o trabalho. 26 O escravo só trabalha quando corrigido, e só aspira ao repouso; afrouxa-lhe a mão, e ele buscará a liberdade. 27 O jugo e a correia fazem dobrar o mais rígido pescoço; o trabalho contínuo torna o escravo dócil. 28 Para o escravo malévolo a tortura e as peias; manda-o para o trabalho para que ele não fique ocioso, 29 pois a ociosidade ensina muita malícia. 30 Ocupa-o no trabalho, pois é o que lhe convém. Se ele não obedecer, submete-o com grilhões, mas não cometas excessos, seja com quem for, e não faças coisa alguma importante sem ter refletido. 31 Se tiveres um escravo fiel, que ele te seja tão estimado como tu mesmo. Trata-o como irmão, porque foi pelo preço de teu sangue que o obtiveste. 32 Se o maltratares injustamente, ele fugirá; 33 se ele for embora, não saberás a quem perguntar, nem onde deverás procurá-lo.

Vaidade dos sonhos

34.   1 O insensato (vive) de esperanças quiméricas; os imprudentes edificam sobre os sonhos. 2 Como aquele que procura agarrar uma sombra ou perseguir o vento, assim é o que se prende a visões enganadoras. 3 Isto segundo aquilo, eis o que se vê nos sonhos: é como a imagem de um homem diante dele próprio. 4 Que coisa pura poderá vir do impuro? Que verdade pode vir da mentira? 5 A adivinhação do erro, os augúrios mentirosos e os sonhos dos maus, tudo isso não passa de vaidade. 6 O teu coração, como o de uma mulher que está de parto, sofrerá imaginações. A menos que o Altíssimo te envie uma visão, não detenhas nelas teu pensamento, 7 pois os sonhos fizeram errar muita gente, que pecou porque neles punham sua esperança; 8 a palavra da lei se cumpre integralmente, e a sabedoria tornar-se-á evidente na boca do homem fiel.

A experiência

9 Que sabe aquele que não foi experimentado? O homem de grande experiência tem inúmeras idéias; aquele que muito aprendeu fala com sabedoria. 10 Aquele que não tem experiência pouca coisa sabe, mas o que passou por muitas dificuldades desenvolve a prudência. 11 Que sabe aquele que não foi tentado? O que foi enganado abundará em sagacidade. 12 Vi muitas coisas em minhas viagens, muitos costumes diferentes. 13 Algumas vezes encontrei-me em perigo de morte, mas fui libertado pela graça de Deus.

Proteção de Deus à aqueles que o temem

14 O espírito daqueles que temem a Deus será procurado, será abençoado quando Deus olhar para eles. 15 Com efeito, sua esperança está posta naquele que os salva, e os olhos de Deus estão voltados para aqueles que o amam. 16 Aquele que teme ao Senhor não tremerá; de nada terá medo, pois o próprio Senhor é sua esperança. 17 Feliz a alma do que teme ao Senhor. 18 Para quem olha ela, e quem é a sua força? 19 Os olhos do Senhor estão voltados para aqueles que o temem; ele é um poderoso protetor, um sólido apoio, um abrigo contra o calor, uma tela contra o ardor do meio-dia, 20 um sustentáculo contra os choques, um amparo contra a queda. Ele eleva a alma, ilumina os olhos; dá saúde, vida e bênção.

Os sacrifícios

21 A oferenda daquele que sacrifica um bem, mal adquirido, é maculada. E os insultos dos injustos não são aceitos por Deus. 22 O Senhor (só se dá) àqueles que o aguardam no caminho da verdade e da justiça. 23 O Altíssimo não aprova as dádivas dos injustos, nem olha para as ofertas dos maus; a multidão dos seus sacrifícios não lhes conseguirá o perdão de seus pecados. 24 Aquele que oferece um sacrifício arrancado do dinheiro dos pobres, é como o que degola o filho aos olhos do pai. 25 O pão dos indigentes é a vida dos pobres; aquele que lho tira é um homicida. 26 Quem tira de um homem o pão de seu trabalho, é como o assassino do seu próximo. 27 O que derrama o sangue e o que usa de fraude no pagamento de um operário são irmãos: 28 um constrói, o outro destrói. O que lhes resta senão a fadiga? 29 Um ora, o outro maldiz; de qual ouvirá Deus a voz? 30 Se aquele que se lava após ter tocado num morto, torna a tocá-lo, de que lhe serve ter-se lavado? 31 Assim se porta o homem que jejua por causa de seus pecados, e torna a cometê-los: de que lhe serve ter-se humilhado? Quem ouvirá a sua prece?

35.   1 Aquele que observa a lei faz numerosas oferendas. 2 É um sacrifício salutar guardar os preceitos, e apartar-se de todo pecado. 3 Afastar-se da injustiça é oferecer um sacrifício de propiciação, que consegue o perdão dos pecados. 4 Aquele que oferece a flor da farinha dá graças, e o que usa de misericórdia oferece um sacrifício. 5 Abster-se do mal é coisa agradável ao Senhor; o fugir da injustiça alcança o perdão dos pecados. 6 Não te apresentarás diante do Senhor com as mãos vazias, 7 pois todos (esses ritos) se fazem para obedecer aos preceitos divinos. 8 A oblação do justo enriquece o altar; é um suave odor na presença do Senhor. 9 O sacrifício do justo é aceito (por Deus). O Senhor não se esquecerá dele. 10 Dá glória a Deus de bom coração e nada suprimas das primícias (do produto) de tuas mãos. 11 Faze todas as tuas oferendas com um rosto alegre, consagra os dízimos com alegria. 12 Dá ao Altíssimo conforme te foi dado por ele, dá de bom coração de acordo com o que tuas mãos ganharam, 13 pois o Senhor retribui a dádiva, e recompensar-te-á tudo sete vezes mais.

Eficácia da oração

14 Não lhe ofereças dádivas perversas, pois ele não as aceitará. 15 Nada esperes de um sacrifício injusto, porque o Senhor é teu juiz, e ele não faz distinção de pessoas. 16 O Senhor não faz acepção de pessoa em detrimento do pobre, e ouve a oração do ofendido. 17 Não despreza a oração do órfão, nem os gemidos da viúva. 18 As lágrimas da viúva não correm pela sua face, e seu grito não atinge aquele que as faz derramar? 19 Pois da sua face sobem até o céu; o Senhor que a ouve, não se compraz em vê-la chorar. 20 Aquele que adora a Deus na alegria será bem recebido, e sua oração se elevará até as nuvens. 21 A oração do humilde penetra as nuvens; ele não se consolará, enquanto ela não chegar (a Deus), e não se afastará, enquanto o Altíssimo não puser nela os olhos. 22 O Senhor não concederá prazo: ele julgará os justos e fará justiça. O fortíssimo não terá paciência com (os opressores), mas esmagar-lhes-á os rins. 23 Vingar-se-á das nações, até suprimir a multidão dos soberbos, e quebrar os cetros dos iníquos; 24 até que ele dê aos homens segundo as suas obras, segundo a conduta de Adão, e segundo a sua presunção; 25 até que faça justiça ao seu povo, e dê alegria aos justos por um efeito de sua misericórdia. 26 A misericórdia divina no tempo da tribulação é bela; é como a nuvem que esparge a chuva na época da seca.

Oração pelo povo oprimido

36.   1 Tende piedade de nós, ó Deus de todas as coisas, olhai para nós, e fazei-nos ver a luz de vossa misericórdia! 2 Espargi o vosso terror sobre as nações que não vos procuram, para que saibam que não há outro Deus senão vós, e publiquem as vossas maravilhas! 3 Estendei vossa mão contra os povos estranhos, para que vejam o vosso poder. 4 Como diante dos seus olhos mostrastes vossa santidade em nós, assim também, à nossa vista, sereis glorificado neles, 5 para que reconheçam, como também nós reconhecemos, que não há outro Deus fora de vós, Senhor! 6 Renovai vossos prodígios, fazei milagres inéditos, 7 glorificai vossa mão e vosso braço direito, 8 excitai vosso furor e espargi vossa cólera; 9 desbaratai o inimigo e aniquilai o adversário. 10 Apressai o tempo e lembrai-vos do fim, para que sejam apregoadas vossas maravilhas. 11 Devore o ardor da chama aquele que escapar, e sejam arruinados aqueles que maltratam o vosso povo. 12 Esmagai a cabeça dos chefes dos inimigos que dizem: Só nós existimos! 13 Reuni todas as tribos de Jacó, para que saibam que não há outro Deus senão vós, e publiquem vossas maravilhas! Tomai-as como herança, assim como eram no começo. 14 Tende piedade de vosso povo, que é chamado pelo vosso nome, e de Israel, que tratastes como vosso filho primogênito. 15 Tende piedade da cidade que santificastes, de Jerusalém, cidade do vosso repouso. 16 Enchei Sião com vossas palavras inefáveis, e o vosso povo com a vossa glória. 17 Dai testemunho em favor daqueles que são vossas criaturas desde a origem. Tornai verdadeiros os oráculos que proferiam os antigos profetas em vosso nome. 18 Recompensai aqueles que vos esperam pacientemente, a fim de que vossos profetas sejam achados fiéis. Ouvi as orações de vossos servos. 19 Segundo as bênçãos dadas a vosso povo por Aarão, conduzi-nos pelo caminho da justiça, para que todos os habitantes da terra saibam que vós sois o Deus que contempla os séculos.

A mulher virtuosa

20 O estômago recebe toda espécie de alimentos, mas entre os alimentos um é melhor do que o outro. 21 O paladar discerne o gosto da caça; o coração sensato discerne as palavras enganadoras. 22 Um coração perverso é causa de tristeza, mas o homem experiente resistir-lhe-á. 23 A mulher pode esposar toda espécie de homens, mas entre as jovens uma é melhor do que a outra. 24 A beleza da mulher alegra o rosto do esposo: ela se torna mais amável que tudo o que o homem pode desejar. 25 Se a sua língua cura os males, tem também doçura e bondade; o seu esposo não é como os demais homens. 26 Aquele que possui uma mulher virtuosa tem com que tornar-se rico; é uma ajuda que lhe é semelhante, e uma coluna de apoio. 27 Onde não há cerca, os bens estão expostos ao roubo; onde não há mulher, o homem suspira de necessidade. 28 Quem confia naquele que não tem morada, e naquele que passa a noite onde quer que a noite o surpreenda? Ou que vagueia de cidade em cidade como um ladrão sempre prestes a fugir?

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