DESAFIO: "A BÍBLIA EM UM ANO"

Décimo sexto dia: Nascimento e vocação de Moisés

Neste décimo sexto dia de meditação da Sagrada Escritura, observamos já no livro do Êxodo, um período de opressão no Egito por parte do faraó sobre o povo hebreu, chegando a ordenar a matança de crianças recém-nascidas do sexo masculino. É então que Deus faz nascer naquela região um grande homem que acaba crescendo na casa do faraó, ele se chama Moisés. Faça a leitura de preferência em sua Bíblia dos capítulos 01, 02, 03 e 04 do livro do Êxodo (Ex).

Êxodo

I – Fim da Escravidão (1 -11)

Opressão dos hebreus no Egito

1.   1.Eis os nomes dos filhos de Israel que vieram para o Egito com Jacó, cada um com sua família: 2.Rúben, Simeão, Levi, Judá, 3.Issacar, Zabulon, Benjamim, 4.Dã, Neftali, Gad e Aser. 5.Todas as pes­soas saídas de Jacó eram em número de setenta. José estava já no Egito. 6.E, morto José, assim como todos os seus irmãos e toda aquela geração, 7.os israelitas foram fecundos e multiplicaram-se; tornaram-se tão numerosos e tão fortes, que a terra ficou repleta deles. 8.Entretanto, subiu ao trono do Egito um novo rei, que não tinha conhecido José. 9.Ele disse ao seu povo: ‘‘Vede: os israelitas tornaram-se numerosos e fortes demais para nós. 10.Vamos! É preciso tomar precaução contra eles e impedir que se multipliquem, para não acontecer que, sobrevindo uma guerra, se unam com os nossos inimigos e combatam contra nós, e se retirem do país”. 11.Estabeleceu, pois, sobre eles, feitores para acabrunhá-los com trabalhos penosos: eles cons­truíram para o faraó as cidades de Pitom e Ramsés, que deviam servir de entreposto. 12.Quanto mais os oprimiam, porém, tanto mais eles se multiplicavam e se espalhavam, a ponto de os egípcios os aborrecerem. 13.Impunham-lhes a mais dura servidão, 14.e amarguravam-lhes a vida com duros traba­lhos na argamassa e na fabricação de tijolos, bem como com toda a sorte de trabalhos nos campos e todas as tarefas que se lhes impunham tiranicamente. 15.O rei do Egito dirigiu-se, igualmente, às parteiras dos hebreus (uma se chamava Sefra e a outra, Fua), 16.e disse-lhes: ‘‘Quando assistirdes às mulheres dos hebreus, e as virdes sobre o leito, se for um filho, matai-o; mas se for uma filha, dei­xai-a viver’’.* 17.Mas as parteiras temiam a Deus, e não executaram as ordens do rei do Egito, deixando viver os meninos. 18.O rei mandou-as chamar então e disse-lhes: ‘‘Por que agistes assim, e deixastes viver os meninos?’’. 19.‘‘Porque – responderam elas ao faraó – as mulheres dos hebreus não são como as dos egípcios: elas são vigorosas, e já dão à luz antes que chegue a parteira.’’ 20.Deus beneficiou as parteiras: o povo continuou a multiplicar-se e a espa­lhar-se. 21.Porque elas haviam temido a Deus, ele fez prosperar suas famílias. 22.Então o faraó deu esta ordem a todo o seu povo: ‘‘Todo menino que nascer, vós o atirareis ao Nilo. Deixareis, porém, viver todas as meninas’’.

Nascimento de Moisés 

2.   1.Um homem da casa de Levi tinha tomado por mulher uma filha de Levi, 2.que concebeu, e deu à luz um filho. Vendo que era formoso, escondeu-o durante três meses. 3.Mas, não podendo guardá-lo oculto por mais tempo, tomou uma cesta de junco, untou-a de betume e piche, colocou dentro o menino e depô-la à beira do rio, no meio dos caniços. 4.A irmã do menino ficou parada a alguma distância para ver o que lhe havia de acontecer. 5.Ora, a filha do faraó desceu ao rio para se banhar, enquanto suas criadas passea­vam à beira do rio. Ela viu a cesta no meio dos juncos e mandou uma de suas criadas buscá-la. 6.Abriu-a e viu dentro o menino que chorava. E compadeceu-se: “É um filho dos hebreus” – disse ela. 7.Veio então a irmã do menino e disse à filha do faraó: “Queres que vá procurar entre as mulhe­res dos hebreus uma ama de leite para amamentar o menino?”. 8.“Sim” – disse a filha do faraó –. E a moça correu a buscar a mãe do menino. 9.“Toma este menino – disse-lhe a filha do faraó – amamenta-o; te darei o teu salário.” A mulher tomou o menino e o amamentou. 10.Quando o menino cresceu, ela o conduziu à filha do faraó, que o adotou como seu filho e deu-lhe o nome de Moisés, “porque – disse ela – eu o salvei das águas”.*

Fuga de Moisés para Madiã

11.Moisés cresceu. Um dia em que saíra por acaso para ir ter com os seus irmãos, foi testemunha de seus duros trabalhos, e viu um egípcio ferindo um hebreu dentre seus irmãos. 12.Moisés, voltando-se para um e outro lado e vendo que não havia ali ninguém, matou o egípcio e ocultou-o na areia. 13.Saindo de novo no dia seguinte, viu dois hebreus que estavam brigan­do. E disse ao culpado: “Por que feres o teu companheiro?”. 14.Mas o homem respondeu-lhe: “Quem te constituiu chefe e juiz sobre nós? Queres, porventura, matar-me como mataste o egípcio?”. Moisés teve medo e pensou: “Certamente a coisa já é conhecida”. 15.O faraó, sabendo do ocorrido, procurou matar Moisés, mas este fugiu para longe do faraó. Retirou-se para a terra de Madiã, e sentou-se junto de um poço. 16.Ora, as sete filhas do sacerdote de Madiã vieram tirar água do poço e encher as gamelas para dar de beber às ovelhas de seu pai. 17.Sobrevindo então alguns pastores, as expulsavam. Moisés, porém, tomou sua defesa e deu de beber ao seu rebanho. 18.E, voltando elas para junto de Raguel, seu pai, este disse-lhes: “Por que voltais hoje tão cedo?”. 19.Elas responderam: “Um egípcio nos protegeu contra alguns pastores e, além disso, tirou água ele mesmo e deu de beber aos animais”. 20.“Onde está ele? – perguntou às suas filhas –. Por que o deixastes partir? Chamai-o para que coma alguma coisa.” 21.Moisés aceitou ficar em casa desse homem, o qual lhe deu por mulher sua filha Séfora. 22.Ela teve um filho, que Moisés chamou de Gérson, “porque – disse ele – sou apenas um hóspede em terra estrangeira”.* 23.Muito tempo depois, morreu o rei do Egito. Os israelitas, que gemiam ainda sob o peso da servidão, clamaram, e, do fundo de sua escravidão, subiu o seu clamor até Deus. 24.Deus ouviu seus gemidos e lembrou-se de sua aliança com Abraão, Isaac e Jacó. 25.Olhou para os israelitas e reconheceu-os.

3.   1.Moisés apascentava o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote de Madiã. Um dia em que conduzira o rebanho para além do deserto, chegou até a montanha de Deus, Horeb. 2.O anjo do Senhor apareceu-lhe numa chama (que saía) do meio a uma sarça. Moisés olhava: a sarça ardia, mas não se consumia.* 3.“Vou me aproximar – disse ele consigo – para contemplar esse extraordinário espetáculo, e saber por que a sarça não se consome.” 4.Vendo o Senhor que ele se aproximou para ver, chamou-o do meio da sarça: “Moisés, Moisés!”. “Eis-me aqui!” – respondeu ele. 5.E Deus: “Não te aproximes daqui. Tira as sandálias dos teus pés, porque o lugar em que te encontras é uma terra santa. 6.Eu sou – ajuntou ele – o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó”. Moisés escondeu o rosto, e não ousava olhar para Deus.* 7.O Senhor disse: “Eu vi, eu vi a aflição de meu povo que está no Egito, e ouvi os seus clamores por causa de seus opressores. Sim, eu conheço seus sofrimentos. 8.E desci para livrá-lo da mão dos egípcios e para fazê-lo subir do Egito para uma terra fértil e espaçosa, uma terra que mana leite e mel, lá onde habitam os cananeus, os hiteus, os amorreus, os ferezeus, os heveus e os jebuseus. 9.Agora, eis que os clamores dos israelitas chegaram até mim, e vi a opressão que lhes fazem os egípcios. 10.Vai, eu te envio ao faraó para tirar do Egito os israelitas, meu povo”. 11.Moisés disse a Deus: “Quem sou eu para ir ter com o faraó e tirar do Egito os israelitas?”. 12.“Eu estarei contigo – res­pondeu Deus –; e eis aqui um sinal de que sou eu que te envio: quando tiveres tirado o povo do Egito, servireis a Deus sobre esta montanha.” 13.Moisés disse a Deus: “Quando eu for para junto dos israelitas e lhes disser que o Deus de seus pais me enviou a eles, que lhes responderei se me perguntarem qual é o seu nome?”. 14.Deus respondeu a Moisés: “Eu sou aquele que sou”. E ajuntou: “Eis como responderás aos israelitas: (Aquele que se chama) ‘Eu sou’ envia-me junto de vós”.* 15.Deus disse ainda a Moisés: “Assim falarás aos israelitas: É Javé, o Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó, quem me envia para junto de vós. Esse é o meu nome para sempre, e é assim que me chamarão de geração em geração”. 16.“Vai, reúne os anciãos de Israel e dize-lhes: O Senhor, o Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, de Isaac e de Jacó apareceu-me. E disse-me: eu vos visitei, e vi o que se vos faz no Egito, 17.e disse: Eu vos tirarei do Egito onde sois oprimidos, para fazer-vos subir para a terra dos cananeus, dos hiteus, dos amorreus, dos ferezeus, dos heveus e dos jebuseus, terra que mana leite e mel. 18.Eles ouvirão a tua voz. Irás então com os anciãos de Israel à presença do rei do Egito e lhe direis: O Senhor, o Deus dos hebreus, nos apareceu. Deixa-nos, pois, ir para o deserto, a três dias de caminho, para oferecer sacrifícios ao Senhor, nosso Deus. 19.Eu sei que o rei do Egito não vos deixará partir, se ele não for obrigado pela força. 20.Mas estenderei a mão e ferirei o Egito com toda sorte de prodígios que farei no meio deles. Depois disso, o faraó vos deixará partir. 21.Farei com que esse povo ganhe as boas graças dos egípcios, e, quando partirdes, não ireis com as mãos vazias. 22.Cada mulher pedirá à sua vizinha e àquela que mora em sua casa objetos de prata e de ouro, e vestidos que poreis sobre vossos filhos e sobre vossas filhas. Assim despojareis os egípcios.”

4.   1.Moisés respondeu: “Eles não me crerão, nem me ouvirão, e vão dizer que o Senhor não me apareceu”. 2.O Se­nhor disse-lhe: “O que tens na mão?”. “Uma vara.” 3.“Joga-a por terra.” Ele jogou-a por terra; e a vara transformou-se numa serpente, de modo que Moisés recuou. 4.O Senhor disse-lhe: “Estende tua mão e toma-a pela cauda – ele estendeu a mão e tomou-a, e a serpente tornou-se de novo uma vara em sua mão –; 5.é para que creiam que o Senhor, o Deus de seus pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó, realmente te apareceu”. 6.O Senhor continuou: “Mete a tua mão no teu seio”. Ele meteu a mão em seu seio e, quando a retirou, sua mão estava le­prosa, tão branca como a neve. 7.O Senhor disse-lhe: “Mete de novo a mão em teu seio”. Ele meteu de novo a mão em seu seio e, retirando-a, eis que ela se tornara como o restante de sua carne. 8.“Se não te crerem, nem obedecerem à voz do primeiro prodígio, crerão à voz do segundo. 9.Se ainda permanecerem incrédulos diante desses dois prodígios, nem te ouvirem, tomarás da água do Nilo e a derramarás por terra; a água tirada do rio se tornará sangue sobre a terra.” 10.Moisés disse ao Senhor: “Ah! Se­nhor! Eu não tenho o dom da palavra; nunca o tive, nem mesmo depois que falastes ao vosso servo; tenho a boca e a língua pesadas”. 11.O Senhor disse-lhe: “Quem deu uma boca ao homem? Quem o faz mudo ou surdo, o faz ver ou o faz cego? Não sou eu, o Senhor? 12.Vai, pois, eu estarei contigo quando falares, e te ensinarei o que terás de dizer”. 13.“Ah! Senhor! – disse Moisés – mandai quem quiserdes!”* 14.Então o Senhor irritou-se contra Moisés: “Não tens Aarão – disse ele – teu irmão, o levita? Eu sei que ele fala bem. Ei-lo justamente que vem ao teu encontro e, vendo-te, se alegrará o seu coração. 15.Tu lhe falarás, lhe porás as palavras na boca. E, quando falardes, eu estarei contigo e com ele, e vos ensinarei o que tereis a fazer. 16.É ele quem falará ao povo em teu lugar: ele te servirá de boca e tu lhe servirás de Deus. 17.Toma em tua mão esta vara, com a qual operarás prodígios”. 18.Moisés partiu. De volta para junto de Jetro, seu sogro, disse-lhe: “Rogo-te que me deixes partir, e voltar para junto de meus irmãos no Egito; vou ver se ainda vivem”. Jetro disse a Moisés: “Vai em paz”. 19.O Senhor disse a Moisés em Madiã: “Vai, volta ao Egito, porque todos aqueles que atentavam contra a tua vida estão mortos”. 20.Moisés tomou consigo sua mulher e seus filhos, fê-los montar em jumentos e voltou para o Egito. Levava na mão a vara de Deus. 21.O Senhor disse a Moisés: “Agora que voltas ao Egito, cuida para que todos os prodígios, que te concedi o poder de operar, tu os faças na presença do faraó. Mas endurecerei o seu coração e ele não deixará partir o povo. 22.Tu lhe dirás: Assim fala o Senhor: Israel é meu filho primogênito. 23.Eu te digo: Dei­xa ir o meu filho, para que ele me preste um culto. Se te recusas a deixá-lo partir, farei perecer teu filho primogênito”.* 24.Estando Moisés a caminho, numa estalagem, o Senhor atacou Moisés, procurando matá-lo.* 25.Sefra tomou então uma pedra afiada, cortou o prepúcio de seu filho e atirou-o aos pés de Moisés, dizendo: “Tu me és um esposo de sangue!”. 26.Assim o Senhor o dei­xou. Sefra havia dito: “esposo de sangue”, por causa da circuncisão.* 27.O Senhor disse a Aarão: “Vai ao encontro de Moisés no deserto”. Aarão foi e, encontrando seu irmão na montanha de Deus, beijou-o. 28.Moisés contou-lhe tudo o que lhe tinha dito o Senhor ao enviá-lo, e todos os prodígios que lhe tinha ordenado fazer. 29.Moisés e Aarão continuaram seu caminho e reuniram todos os anciãos de Israel. 30.Aarão repetiu todas as palavras que o Senhor tinha dito a Moisés, e este fez os prodígios em presença do povo. 31.O povo acreditou. E, tendo ouvido que o Senhor viera visitar os filhos de Israel, e que vira sua aflição, inclinaram-se e prostraram-se.

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