DESAFIO: "A BÍBLIA EM UM ANO"

Centésimo quadragésimo nono dia: Jó continua respondendo as indagações

A resposta de Jó é uma resposta de admiração e reverência a Deus, pois ele reconhece o poder e a sabedoria de Deus. Ele entende que Deus é mais poderoso e sábio do que ele e que não tem como disputar com Ele. Jó reconhece as maravilhas que Deus realizou e que são insondáveis, além de que Deus age de forma silenciosa e sutil. Mas ao mesmo tempo Jó percebe que Deus é o Deus de todos os seres e que todas as coisas são criadas por ele e que ele é o único que tem o poder de mudar as coisas e de nos ajudar a superar as dificuldades. Assim, Jó confia que Deus sempre estará presente para ajudálo e é por isso que ele aceita as coisas como elas são e confia que Deus trará bênçãos ao seu caminho. Jó conclui que Deus é o nosso Deus e o nosso Senhor. Faça a leitura de preferencia em sua Bíblia dos capítulos 9, 10, 11 e 12 do livro de Jó (Jó).

Livro de Jó

Resposta de Jó

9.   1.Jó tomou a palavra nestes termos: 2.“Sim, bem sei que é assim. Como poderia o homem ter razão diante de Deus? 3.Se quisesse disputar com ele, não lhe responderia uma vez entre mil. 4.Deus é sábio de coração e poderoso em força; quem pode afrontá-lo impunemente? 5.Ele transporta os montes, sem que o percebam; ele os desmorona em sua cólera. 6.Sacode a terra em sua base e suas colunas são abaladas. 7.Dá ordem ao sol que não se levante e põe um selo nas estrelas.* 8.Ele sozinho formou a extensão do céu e caminha sobre as alturas do mar.* 9.Ele criou a Ursa e o Órion, as Plêiades e as constelações austrais. 10.Fez maravilhas insondáveis e prodígios incalculáveis. 11.Ele passa despercebido perto de mim, toca levemente em mim, e não o percebo. 12.Quem poderá impedi-lo de arrebatar uma presa? Quem lhe dirá: ‘Que é que fazes?’. 13.Deus não retém o seu furor; diante dele jazem prosternados os auxiliares de Raab.* 14.Quem sou eu para replicar-lhe, para escolher argumentos contra ele? 15.Ainda que eu tivesse razão não poderia responder. Pediria clemência ao meu juiz. 16.Se eu o chamasse e ele não me respondesse, não acreditaria que tivesse ouvido a minha voz. 17.Ele, que me desfaz como um redemoinho, e multiplica minhas feridas sem manifestar o motivo, 18.não me deixa tomar fôlego, de tanto me fartar de amarguras. 19.Se se busca a fortaleza, é ele o forte! Se se busca o direito, quem o citará? 20.Se eu pretendesse ser justo, minha boca me condenaria; se fosse inocente, ela me declararia perverso. 21.Sou íntegro? Sim, eu o sou. Pouco me importa a vida. Aliás, desprezo a minha vida. 22.Para mim tudo é a mesma coisa. É por isso que eu disse que ele faz perecer o íntegro como o ímpio. 23.Se, de repente, um flagelo causa a morte, ele se ri do desespero dos inocentes. 24.A terra está entregue nas mãos do ímpio, e ele cobre com um véu os olhos de seus juízes… Se não é ele, quem será? 25.Os dias de minha vida são mais rápidos do que um corcel, fogem sem ter visto a felicidade. 26.Passam como os barcos de junco, como a águia que se precipita sobre a presa. 27.Se decido esquecer minha queixa, abandonar meu ar triste e voltar a ser alegre, 28.temo por todos os meus tormentos, sabendo que não me absolverás! 29.Tenho certeza de ser condenado! O que me adianta cansar-me em vão? 30.Por mais que me lavasse com águas de neve, que limpasse minhas mãos na lixívia, 31.tu me atirarias na imundície e as minhas próprias vestes teriam nojo de mim. 32.Ele não é um humano como eu a quem possa responder, com quem eu possa comparecer na justiça. 33.Pois que não há entre nós um árbitro que ponha sua mão sobre nós dois. 34.Que Deus retire seu chicote de cima de mim, para pôr um termo a seus medonhos terrores. 35.Então lhe falarei sem medo; pois, estou só comigo mesmo.

10.   1.A minha alma está desgostosa da vida. Dou livre curso ao meu lamento; falarei na amargura de meu coração. 2.Em lugar de me condenar, direi a Deus: ‘Mostra-me por que razão me tratas assim. 3.Encontras prazer em me oprimir, em renegar a obra de tuas mãos, em favorecer os planos dos maus? 4.Terás porventura olhos de carne, ou vês as coisas como as veem os seres humanos?* 5.Serão os teus dias como os de um mortal e teus anos como os de um humano, 6.para que procures a minha culpa e persigas o meu pecado? 7.No entanto, sabes que não sou culpado e que ninguém me pode livrar de tuas mãos. 8.As tuas mãos formaram-me e fizeram-me; mudando de ideia, queres me destruir! 9.Lembra-te de que me formaste como o barro, e agora queres devolver-me ao pó? 10.Não me derramaste como leite e me coalhaste como um queijo?* 11.De pele e carne me vestiste, de ossos e nervos me teceste. 12.Concedeste-me vida e misericórdia e tua providência conservou o meu espírito. 13.Contudo, eis o que escondias em teu coração, vejo bem o que meditavas. 14.Se peco, me observas, não perdoarás o meu pecado. 15.Se eu for culpado, ai de mim! Se for inocente, não ousarei levantar a cabeça, farto de vergonha e consciente de minha miséria. 16.Esgotado, me caças como um leão. Não cessas de desfraldar contra mim teu estranho poder. 17.Renovas contra mim teus assaltos, teu furor cresce contra mim e vigorosas tropas vêm-me cercar. 18.Por que me tiraste do ventre materno? Tivesse morrido, nenhum olho me teria visto. 19.Teria sido como se nunca tivesse existido, do ventre me teriam levado ao túmulo’. 20.Não são bem curtos os dias de minha vida? Que ele me deixe respirar um instante, 21.antes que eu parta, para não mais voltar, ao tenebroso país das sombras da morte, 22.opaca e sombria região, reino de sombra e de caos, onde a noite faz as vezes de claridade”.

Discurso de Sofar

11.   1.Então, Sofar de Naamat tomou a palavra nestes termos: 2.“Ficará sem resposta o que fala muito? Terá razão o grande falador? 3.Tua loquacidade fará calar os demais? Zombarás sem que ninguém te repreenda? 4.Dizes: ‘Minha opinião é a verdadeira, sou puro aos teus olhos’. 5.Oxalá Deus pudesse falar e abrir seus lábios para te responder. 6.Se te revelasse os mistérios da sabedoria, que são ambíguos para o espírito, saberias então que Deus esquece uma parte de tua iniquidade.* 7.Pretendes sondar as profundezas divinas, atingir a perfeição do Todo-poderoso? 8.Ela é mais alta do que o céu! Que podes tu fazer? É mais profunda que os infernos! Que podes tu saber? 9.É mais longa que a terra, mais larga que o mar. 10.Se ele surge para aprisionar, se apela à justiça, quem o impedirá? 11.Pois ele conhece os malfeitores, descobre a iniquidade, presta atenção. 12.Diante disso, uma pessoa insensata pode criar juízo, e um asno tornar-se criatura humana.* 13.Se voltares teu coração para Deus, e para ele estenderes os braços; 14.se afastares de tuas mãos o mal e não abrigares a iniquidade debaixo de tua tenda, 15.então poderás erguer a fronte sem mancha; serás estável, sem mais nenhum temor. 16.Esquecerás daí por diante as tuas penas, como águas que passaram, serão apenas uma lembrança. 17.O futuro te será mais brilhante do que o meio-dia, as trevas se transformarão em aurora. 18.Terás confiança e ficarás cheio de esperança. Olhando em volta de ti, dormirás tranquilo. 19.Repousarás sem que ninguém te inquiete e muitos acariciarão o teu rosto. 20.Porém, os olhos dos maus serão consumidos, para eles, nenhum refúgio, e não terão outra esperança senão em seu último suspiro”.

Resposta de Jó

12.   Jó tomou a palavra nestes termos: 2.“Sois mesmo gente muito hábil, e convosco morrerá a sabedoria! 3.Tenho também o espírito como o vosso, e não vos sou inferior! Quem, pois, ignoraria o que sabeis? 4.Os amigos escarnecem daquele que invoca a Deus, para que ele lhe responda. Sim, zombam do justo e do inocente. 5.‘Vergonha para a infelicidade!’ – assim pensam os felizes. Só há desprezo para aquele cujo pé fraqueja. 6.As tendas dos bandidos gozam de paz, e segurança para aqueles que provocam a Deus, que não têm outro Deus senão o próprio braço. 7.Pergunta, pois, aos animais da terra, eles te ensinarão; e às aves do céu, e elas te instruirão. 8.Fala aos répteis da terra, e eles te responderão, e aos peixes do mar, e eles te contarão. 9.Entre todos esses seres, quem não sabe que foi a mão de Deus que fez tudo isso?’* 10.Ele que tem em mãos a alma de tudo o que vive e o sopro de vida de todo o gênero humano. 11.Não discerne o ouvido as palavras, como o paladar discerne o sabor da comida? 12.A sabedoria pertence aos cabelos brancos, e à longa vida confere a inteligência. 13.Em Deus residem a sabedoria e o poder. Ele possui o conselho e a inteligência. 14.O que ele destrói não será reconstruído, se aprisionar um homem, ninguém há que o solte. 15.Quando faz as águas pararem, há seca; se as soltar, submergirão a terra. 16.Nele há força e prudência; ele conhece o que engana e o enganado. 17.Faz os árbitros andarem descalços e torna os juízes estúpidos. 18.Ele desata a cinta dos reis e cinge-lhes os rins com uma corda. 19.Ele faz os sacerdotes andar descalços e abate os poderosos. 20.Ele tira a palavra aos mais seguros de si mesmos e retira a sabedoria dos anciãos. 21.Ele derrama desprezo sobre os nobres e afrouxa a cinta dos fortes. 22.Ele põe a claro os segredos das trevas e traz à luz a sombra da morte. 23.Ele torna grandes as nações e as destrói, multiplica os povos e depois os suprime. 24.Ele tira a razão dos chefes da terra, e os deixa perdidos no deserto sem pista. 25.Andam às apalpadelas nas trevas, privados da luz, tropeçando como um ébrio.

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