DESAFIO: "A BÍBLIA EM UM ANO"

Tricentésimo sexto dia: A fé do centurião e a cura do servo

Continuando nossa leitura da Bíblia, meditamos aqui sobre a vida e os ensinamentos de Jesus. O texto descreve diferentes histórias e eventos, como a cura de um servo do centurião, a ressurreição do filho de uma viúva, os discípulos de João Batista perguntando a Jesus sobre sua identidade, a parábola do semeador, a cura de uma mulher com fluxo de sangue, a ressurreição da filha de Jairo, a multiplicação dos pães, a confissão de Pedro, a transfiguração de Jesus, a cura de um menino possuído por um demônio, entre outros acontecimentos. No geral, estes capítulos destacam a compaixão e o poder de Jesus, bem como seus ensinamentos sobre fé, humildade e o Reino de Deus. Faça a leitura de preferencia em sua Bíblia dos capítulos 7, 8 e 9 do evangelho segundo São Lucas (Lc).

Lucas

O servo do centurião

7.   1.Tendo Jesus concluído todos os seus discursos ao povo que o escutava, entrou em Cafarnaum. 2.Havia lá um centurião que tinha um servo a quem muito estimava e que estava à morte. 3.Tendo ouvido falar de Jesus, enviou-lhe alguns anciãos dos judeus, rogando-lhe que o viesse curar. 4.Aproximando-se eles de Jesus, rogavam-lhe encarecidamente: “Ele bem merece que lhe faças este favor, 5.pois é amigo da nossa nação e foi ele mesmo quem nos edificou uma sinagoga”. 6.Jesus então foi com eles. E já não estava longe da casa, quando o centurião lhe mandou dizer por amigos seus: “Senhor, não te incomodes tanto assim, porque não sou digno de que entres em minha casa; 7.por isso, nem me achei digno de chegar-me a ti, mas dize somente uma palavra e o meu servo será curado. 8.Pois também eu, simples subalterno, tenho soldados às minhas ordens; e digo a um: Vai ali! E ele vai; e a outro: Vem cá! E ele vem; e ao meu servo: Faze isto! E ele o faz”. 9.Ouvindo essas palavras, Jesus ficou admirado. E, voltando-se para o povo que o ia seguindo, disse: “Em verdade vos digo: nem mesmo em Israel encontrei tamanha fé”. 10.Voltando para a casa do centurião os que haviam sido enviados, encontraram o servo curado.

O filho da viúva de Naim

11.No dia seguinte, dirigiu-se Jesus a uma cidade chamada Naim. Iam com ele diversos discípulos e muito povo. 12.Ao chegar perto da porta da cidade, eis que levavam um defunto a ser sepultado, filho único de uma viúva; acompanhava-a muita gente da cidade. 13.Vendo-a o Senhor, movido de compaixão para com ela, disse-lhe: “Não chores!”. 14.E, aproximando-se, tocou no esquife, e os que o levavam pararam. Disse Jesus: “Moço, eu te ordeno, levanta-te”. 15.Sentou-se o que estivera morto e começou a falar, e Jesus entregou-o à sua mãe. 16.Apoderou-se de todos o temor, e glorificavam a Deus, dizendo: “Um grande profeta surgiu entre nós: Deus voltou os olhos para o seu povo”. 17.A notícia desse fato correu por toda a Judeia e por toda a circunvizinhança.

Jesus e João Batista

18.Os discípulos de João contaram-lhe todas estas coisas. 19.E João chamou dois dos seus discípulos e enviou-os a Jesus, perguntando: “És tu o que há de vir ou devemos esperar por outro?”.* 20.Chegando estes homens a ele, disseram: “João Batista enviou-nos a ti, perguntando: És tu o que há de vir ou devemos esperar por outro?”. 21.Ora, naquele momento Jesus havia curado muitas pessoas de enfermidades, de doenças e de espíritos malignos e dado a vista a muitos cegos. 22.Respondeu-lhes ele: “Ide anunciar a João o que tendes visto e ouvido: os cegos veem, os coxos andam, os leprosos ficam limpos, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam, aos pobres é anunciado o Evangelho; 23.e bem-aventurado é aquele para quem eu não for ocasião de queda!” 24.Depois que se retiraram os mensageiros de João, ele começou a falar de João ao povo: “Que fostes ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento? 25.Mas que fostes ver? Um homem vestido de roupas finas? Mas os que vestem roupas preciosas e vivem no luxo estão nos palá­cios dos reis. 26.Mas, enfim, que fostes ver? Um profeta? Sim, digo-vos, e mais do que profeta. 27.Este é aquele de quem está escrito: Eis que envio o meu mensageiro ante a tua face; ele preparará o teu caminho diante de ti (Ml 3,1). 28.Pois vos digo: entre os nascidos de mulher não há maior que João. Entretanto, o menor no Reino de Deus é maior do que ele. 29.Ouvindo-o todo o povo, e mesmo os publicanos, deram razão a Deus, fazendo-se batizar com o batismo de João. 30.Os fariseus, porém, e os doutores da Lei, recusando o seu batismo, frustraram o desígnio de Deus a seu respeito.

Desculpas dos incrédulos

31.A quem compararei os homens desta geração? Com quem se assemelham? 32.São seme­lhantes a meninos que, sentados na praça, falam uns com os ou­tros, dizendo: Tocamos a flauta e não dançastes; entoamos lamentações e não chorastes. 33.Pois veio João Batista, que nem comia pão nem bebia vinho, e dizeis: Ele está possuí­do do demônio. 34.Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizeis: Eis um comilão e beberrão, amigo dos publicanos e libertinos. 35.Mas a sabedoria foi justificada por todos os seus filhos”.*

A pecadora perdoada

36.Um fariseu convidou Jesus a ir comer com ele. Jesus entrou na casa dele e pôs-se à mesa. 37.Uma mulher pecadora da cidade, quando soube que estava à mesa em casa do fariseu, trouxe um vaso de alabastro cheio de perfume; 38.e, estando a seus pés, por detrás dele, começou a chorar. Pouco depois, suas lágrimas ba­nha­vam os pés do Senhor e ela os enxugava com os cabelos, beijava-os e os ungia com o perfume. 39.Ao presenciar isso, o fariseu, que o tinha convidado, dizia consigo mesmo: “Se este homem fosse profeta, bem saberia quem e qual é a mulher que o toca, pois é pecadora”. 40.Então, Jesus lhe disse: “Simão, tenho uma coisa a dizer-te”. –. “Fala, Mestre” – disse ele. 41.“Um credor tinha dois devedores: um lhe devia quinhentos denários e o outro, cinquenta. 42.Não tendo eles com que pagar, perdoou a ambos a sua dívida. Qual deles o amará mais?” 43.Simão respondeu: “A meu ver, aquele a quem ele mais perdoou”. Jesus replicou-lhe: “Julgaste bem”. 44.E voltando-se para a mulher, disse a Simão: “Vês esta mulher? Entrei em tua casa e não me deste água para lavar os pés; mas esta, com as suas lágrimas, regou-me os pés e enxugou-os com os seus cabelos. 45.Não me deste o ósculo; mas esta, desde que entrou, não cessou de beijar-me os pés. 46.Não me ungiste a cabeça com óleo; mas esta, com perfume, ungiu-me os pés. 47.Por isso, te digo: seus numerosos pecados lhe foram perdoados, porque ela tem demonstrado muito amor. Mas ao que pouco se perdoa, pouco ama”.* 48.E disse a ela: “Perdoados te são os pecados”. 49.Os que estavam com ele à mesa começaram a dizer, então: “Quem é este homem que até perdoa pecados?”. 50.Mas Jesus, dirigindo-se à mulher, disse-lhe: “Tua fé te salvou; vai em paz”.

Piedosas mulheres acompanham Jesus

8.   1.Depois disso, Jesus andava pelas cidades e aldeias anunciando a Boa-Nova do Reino de Deus. 2.Os Doze estavam com ele, como também algumas mu­lheres que tinham sido livradas de espíritos malignos e curadas de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual tinham saído sete demônios;* 3.Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes; Susana e muitas outras, que o assistiram com as suas posses.

Parábola do semeador

4.Havia se reunido uma grande multidão: eram pessoas vindas de várias cidades para junto dele. Ele lhes disse esta parábola: 5.“Saiu o semeador a semear a sua semente. E, ao semear, parte da semente caiu à beira do caminho; foi pisada, e as aves do céu a comeram. 6.Outra caiu no pedregulho; e, tendo nascido, secou, por falta de umidade. 7.Outra caiu entre os espinhos; cresceram com ela os espinhos, e sufocaram-na. 8.Outra, porém, caiu em terra boa; tendo crescido, produziu fruto cem por um”. Dito isso, Jesus acrescentou alteando a voz: “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!”. 9.Os seus discípulos perguntaram-lhe a significação desta parábola. 10.Ele respondeu: “A vós é concedido conhecer os mistérios do Reino de Deus, mas aos outros se lhes fala por parábolas; de forma que vendo não vejam, e ouvindo não entendam. 11.Eis o que significa esta parábola: a semente é a Palavra de Deus. 12.Os que estão à beira do caminho são aqueles que ouvem; mas depois vem o demônio e lhes tira a palavra do coração, para que não creiam nem se salvem. 13.Aqueles que a recebem em solo pedregoso são os ouvintes da Palavra de Deus que a acolhem com alegria; mas não têm raiz, porque creem até certo tempo, e na hora da provação a abandonam. 14.A que caiu entre os espinhos, estes são os que ouvem a palavra, mas, prosseguindo o caminho, são sufocados pelos cuidados, riquezas e prazeres da vida, e assim os seus frutos não amadurecem. 15.A que caiu na terra boa são os que ouvem a palavra com coração reto e bom, retêm-na e dão fruto pela perseverança.

Lâmpada que deve brilhar

16.Ninguém acende uma lâmpada e a cobre com um vaso ou a põe debaixo da cama; mas a põe sobre um castiçal, para iluminar os que entram. 17.Porque não há coisa oculta que não acabe por se manifestar, nem secreta que não venha a ser descoberta. 18.Vede, pois, como é que ouvis. Porque ao que tiver lhe será dado; e ao que não tiver até aquilo que julga ter lhe será tirado”.

A mãe e os “irmãos” de Jesus

19.A mãe e os irmãos de Jesus foram procurá-lo, mas não podiam chegar-se a ele por causa da multidão.* 20.Foi-lhe avisado: “Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e desejam ver-te”. 21.Ele lhes disse: “Minha mãe e meus irmãos são estes, que ouvem a Palavra de Deus e a observam”.

A tempestade acalmada

22.Num daqueles dias ele subiu com os seus discípulos a uma barca. Disse ele: “Passemos à outra margem do lago.” E eles partiram. 23.Durante a travessia, Jesus adormeceu. Desabou então uma tempestade de vento sobre o lago. A barca enchia-se de água, e eles se achavam em perigo. 24.Aproximaram-se dele então e o despertaram com este grito: “Mestre, Mestre! Nós estamos perecendo!”. Levantou-se ele e ordenou aos ventos e à fúria da água que se acalmassem; e se acalmaram e logo veio a bonança. 25.Perguntou-lhes, então: “Onde está a vossa fé?”. Eles, cheios de respeito e de profunda admiração, diziam uns aos outros: “Quem é este, a quem os ventos e o mar obedecem?”.

O possesso de Genesaré

26.Navegaram para a região dos gerasenos, que está defronte da Galileia. 27.Mal saltou em terra, veio-lhe ao encontro um homem dessa região, possuído de muitos demônios; há muito tempo não se vestia nem parava em casa, mas habitava no cemitério. 28.Ao ver Jesus, prostrou-se dian­te dele e gritou em alta voz: “Por que te ocupas de mim, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Rogo-te, não me atormentes!”. 29.Porque Jesus ordenara ao espírito imundo que saísse do homem. Pois há muito tempo que se apoderara dele, e guardavam-no preso em cadeias e com grilhões nos pés, mas ele rompia as cadeias e era impelido pelo demônio para os desertos. 30.Jesus perguntou-lhe: “Qual é o teu nome?”. Ele res­pondeu: “Legião!”. (Porque eram muitos os demônios que nele se ocultavam.) 31.E pediam-lhe que não os mandasse ir para o abismo. 32.Ora, andava ali pastando no monte uma grande manada de porcos; rogaram-lhe os demônios que lhes permitisse entrar neles. Ele permitiu. 33.Saíram, pois, os demônios do homem e entraram nos porcos; e a manada de porcos precipitou-se pelo despenhadeiro, impetuosamente no lago, e afogou-se. 34.Quando aqueles que os guardavam viram o acontecido, fugiram e foram contá-lo na cidade e pelo campo. 35.Saíram eles, pois, a ver o que havia ocor­rido. Chegaram a Jesus e acharam a seus pés, sentado, vestido e calmo, o homem de quem haviam sido expulsos os demônios; e, tomados de medo, 36.ouviram das testemunhas a narração desse exorcismo. 37.Então, todo o povo da região dos gerasenos rogou a Jesus que se retirasse deles, pois estavam possuídos de grande temor. Jesus subiu à barca, para regressar. 38.Nesse momento, pedia-lhe o homem, de quem tinham saí­do os demônios, para ficar com ele. Mas Jesus despediu-o, dizendo: 39.“Volta para casa, e conta quanto Deus te fez”. E ele se foi, publicando por toda a cidade essas grandes coisas…

A filha de Jairo. Cura de uma doente

40.À sua volta, Jesus foi recebido por uma multidão que o esperava. 41.O chefe da sinagoga, chamado Jairo, foi ao seu encontro. Lançou-se a seus pés e rogou-lhe que fosse à sua casa, 42.porque tinha uma filha única, de uns doze anos, que estava para morrer. Jesus dirigiu-se para lá, comprimido pelo povo. 43.Ora, uma mulher que padecia dum fluxo de sangue havia doze anos, e tinha gasto com médicos todos os seus bens, sem que nenhum a pudesse curar, 44.aproximou-se dele por detrás e tocou-lhe a orla do manto; e, no mesmo instante, lhe parou o fluxo de sangue. 45.Jesus perguntou: “Quem foi que me tocou?” Como todos negassem, Pedro e os que com ele estavam disseram: “Mestre, a multidão te aperta de todos os lados…”. 46.Jesus replicou: “Alguém me tocou, porque percebi sair de mim uma força”. 47.A mulher viu-se descoberta e foi tremendo e prostrou-se aos seus pés; e declarou diante de todo o povo o motivo por que o havia tocado, e como logo ficara curada. 48.Jesus disse-lhe: “Minha filha, tua fé te salvou; vai em paz”. 49.Enquanto ainda falava, veio alguém e disse ao chefe da sinagoga: “Tua filha acaba de morrer; não incomodes mais o Mestre”. 50.Mas Jesus o ouviu e disse a Jairo: “Não temas; crê somente e ela será salva”. 51.Quando Jesus chegou à casa, não deixou ninguém entrar com ele, senão Pedro, Tiago, João com o pai e a mãe da menina. 52.Todos, entretanto, choravam e se lamentavam. Mas Jesus disse: “Não choreis; a menina não morreu, mas dorme.” 53.Zombavam dele, pois sabiam bem que estava morta. 54.Mas segurando ele a mão dela, disse em alta voz: “Menina, levanta-te!”. 55.Voltou-lhe a vida e ela levantou-se imediatamente. Jesus mandou que lhe dessem de comer. 56.Seus pais ficaram tomados de pasmo; Jesus ordenou-lhes que não contassem a pessoa alguma o que se tinha passado.

Missão dos doze apóstolos

9.   1.Reunindo Jesus os doze apóstolos, deu-lhes poder e autoridade sobre todos os demônios, e para curar enfermidades. 2.Enviou-os a pregar o Reino de Deus e a curar os enfermos. 3.Disse-lhes: “Não leveis coisa alguma para o caminho, nem bordão, nem mochila, nem pão, nem dinheiro, nem tenhais duas túnicas. 4.Em qualquer casa em que entrardes, ficai ali até que deixeis aquela localidade. 5.Onde ninguém vos receber, deixai aquela cidade e em testemunho contra eles sacudi a poeira dos vossos pés”. 6.Partiram, pois, e percorriam as aldeias, pregando o Evangelho e fazendo curas por toda parte.

Opinião de Herodes sobre Jesus

7.O tetrarca Herodes ouviu falar de tudo o que Jesus fazia e ficou perplexo. Uns diziam: “É João que ressurgiu dos mortos”; outros: “É Elias que apareceu”; 8.e ainda outros: “É um dos antigos profetas que ressuscitou”. 9.Mas Herodes dizia: “Eu degolei a João. Quem é, pois, este, de quem ouço tais coisas?”. E procurava ocasião de vê-lo.

Primeira multiplicação dos pães

10.Os apóstolos, ao voltarem, contaram a Jesus tudo o que haviam feito. Tomando-os ele consigo à parte, dirigiu-se a um lugar deserto para o lado de Betsaida. 11.Logo que a multidão o soube, o foi seguindo; Jesus recebeu-os e falava-lhes do Reino de Deus. Restabelecia também a saúde dos doentes. 12.Ora, o dia começava a declinar e os Doze foram dizer-lhe: “Despede as turbas, para que vão pelas aldeias e sítios da vizinhança e procurem alimento e hospedagem, porque aqui estamos num lugar deserto”. 13.Jesus replicou-lhes: “Dai-lhes vós mesmos de comer”. Retrucaram eles: “Não temos mais do que cinco pães e dois peixes, a menos que nós mesmos vamos e compremos mantimentos para todo este povo”. 14.(Pois eram quase cinco mil homens.) Jesus disse aos discípulos: “Mandai-os sentar, divididos em grupos de cinquenta”. 15.Assim o fizeram e todos se assentaram. 16.Então, Jesus tomou os cinco pães e os dois peixes, levantou os olhos ao céu, abençoou-os, partiu-os e deu-os a seus discípulos, para que os servissem ao povo. 17.E todos comeram e ficaram fartos. Do que sobrou recolheram ainda doze cestos de pedaços.*

Confissão de Pedro

18.Num dia em que ele estava a orar a sós com os discípulos, perguntou-lhes: “Quem dizem que eu sou?”. 19.Responderam-lhe: “Uns dizem que és João Batista; outros, Elias; outros pensam que ressuscitou algum dos antigos profetas”. 20.Perguntou-lhes, então: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Pedro respondeu: “O Cristo de Deus”. 21.Ordenou-lhes energicamente que não o dissessem a ninguém.

Primeiro anúncio da Paixão

22.Ele acrescentou: “É neces­sário que o Filho do Homem padeça muitas coisas, seja rejeitado pelos anciãos, pelos príncipes dos sacerdotes e pelos escribas. É neces­sário que seja levado à morte e que ressuscite ao terceiro dia”. 23.Em seguida, dirigiu-se a todos: “Se alguém quer vir após mim, renegue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e siga-me. 24.Porque, quem quiser salvar a sua vida, irá perdê-la; mas quem sacrificar a sua vida por amor de mim, irá salvá-la. 25.Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se vem a perder-se a si mesmo e se causa a sua própria ruína? 26.Se alguém se envergonhar de mim e das minhas palavras, também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando vier na sua glória, na glória de seu Pai e dos santos anjos. 27.Em verdade vos digo: dos que aqui se acham, alguns há que não morrerão, até que vejam o Reino de Deus”.

Transfiguração

28.Passados uns oito dias, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, e subiu ao monte para orar. 29.Enquanto orava, transformou-se o seu rosto e as suas vestes tornaram-se resplandecentes de brancura. 30.E eis que falavam com ele dois personagens: eram Moisés e Elias, 31.que apareceram envoltos em glória, e falavam da morte dele, que se havia de cumprir em Jerusalém.* 32.Entretanto, Pedro e seus companheiros tinham-se deixado vencer pelo sono; ao despertarem, viram a glória de Jesus e os dois personagens em sua companhia. 33.Quando estes se apartaram de Jesus, Pedro disse: “Mestre, é bom estarmos aqui. Podemos levantar três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias!…”. Ele não sabia o que dizia. 34.Enquanto ainda assim falava, veio uma nuvem e encobriu-os com a sua sombra; e os discípulos, vendo-os desaparecer na nuvem, tiveram um grande pavor. 35.Então, da nuvem saiu uma voz: “Este é o meu Filho muito amado; ouvi-o!”. 36.E, enquanto ainda ressoava esta voz, achou-se Jesus sozinho. Os discípulos calaram-se e a ninguém disseram naqueles dias coisa alguma do que tinham visto.

O menino epiléptico

37.No dia seguinte, descendo eles do monte, veio ao encontro de Jesus uma grande multidão. 38.Eis que um homem exclamou do meio da multidão: “Mestre, rogo-te que olhes para meu filho, pois é o único que tenho. 39.Um espírito se apodera dele e subitamente dá gritos, lança-o por terra, agita-o com violência, fá-lo espumar e só o larga depois de o deixar todo ofegante. 40.Pedi a teus discípulos que o expelissem, mas não o puderam fazer”. 41.Respondeu Jesus: “Ó geração incrédula e perversa, até quando estarei convosco e vos aturarei? Traze cá teu filho”. 42.E quando ele ia chegando, o demônio lançou-o por terra e agitou-o violentamente. Mas Jesus intimou o espírito imundo, curou o menino e o restituiu a seu pai. 43.Todos ficaram pasmados ante a grandeza de Deus.

Segundo anúncio da Paixão

Como todos se admirassem de tudo o que Jesus fazia, disse ele a seus discípulos: 44.“Gravai nos vossos corações estas palavras: O Filho do Homem há de ser entregue às mãos dos homens!”. 45.Eles, porém, não entendiam essa palavra e era-lhes obscura, de modo que não alcançaram o seu sentido; e tinham medo de lhe perguntar a esse respeito.

Lição de humildade e tolerância

46.Veio-lhes então o pensamen­to de qual deles seria o maior. 47.Pene­trando Jesus nos pensamentos de seus corações, tomou um menino, colocou-o junto de si e disse-lhes: 48.“Todo o que recebe este menino em meu nome, a mim é que recebe; e quem recebe a mim recebe aquele que me enviou; pois quem dentre vós for o menor, esse será grande”. 49.João tomou a palavra e disse: “Mestre, vimos um homem que expelia demônios em teu nome, e nós lho proibimos, porque não é dos nossos”. 50.Mas Jesus lhe disse: “Não lho proibais; porque, o que não é contra vós é a vosso favor”.

IV – VIAGEM DE JESUS A JERUSALÉM (9, 51 – 19, 28)

Discipulado

51.Aproximando-se o tempo em que Jesus devia ser arrebatado deste mundo, ele resolveu dirigir-se a Jerusalém. 52.Enviou diante de si mensa­geiros que, tendo partido, entraram em uma povoação dos samaritanos para lhe arranjar pousada. 53.Mas não o receberam, por ele dar mostras de que ia para Jerusalém. 54.Vendo isso, Tiago e João disseram: “Senhor, queres que mandemos que desça fogo do céu e os consuma?”. 55.Jesus voltou-se e repreendeu-os severamente. [“Não sabeis de que espírito sois animados.* 56.O Filho do Homem não veio para perder as vidas dos homens, mas para salvá-las.”] Foram então para outra povoação. 57.Enquanto caminhavam, um homem lhe disse: “Senhor, te seguirei para onde quer que vás”. 58.Jesus replicou-lhe: “As raposas têm covas e as aves do céu, ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça”. 59.A outro disse: “Segue-me”. Mas ele pediu: “Senhor, permite-me ir primeiro enterrar meu pai”. 60.Mas Jesus disse-lhe: “Deixa que os mortos enterrem seus mortos; tu, porém, vai e anuncia o Reino de Deus”. 61.Um outro ainda lhe falou: “Se­nhor, te seguirei, mas permite primeiro que me despeça dos que estão em casa”. 62.Mas Jesus disse-lhe: “Aquele que põe a mão no arado e olha para trás não é apto para o Reino de Deus”.

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