No nosso desafio de hoje, iremos meditar Jesus que está se aproximando de Jerusalém e envia dois discípulos para trazerem uma jumenta e seu jumentinho. A multidão o recebe com alegria, estendendo mantos pelo caminho e clamando “Hosana ao filho de Davi!”. Jesus entra no templo, expulsa os comerciantes e cura os cegos e os coxos. Os líderes religiosos ficam indignados com os milagres de Jesus e questionam sua autoridade. Jesus responde com parábolas, advertindo sobre a hipocrisia dos escribas e fariseus. Ele também fala sobre a destruição de Jerusalém e a vinda do Filho do Homem. Jesus enfatiza a importância da vigilância e da prática da justiça. Faça a leitura de preferencia em sua Bíblia dos capítulos 21, 22, 23 e 24 do evangelho segundo São Mateus (Mt).
Mateus
Entrada de Jesus em Jerusalém
21. 1.Aproximavam-se de Jerusalém. Quando chegaram a Betfagé, perto do monte das Oliveiras, Jesus enviou dois de seus discípulos,* 2.dizendo-lhes: “Ide à aldeia que está defronte. Encontrareis logo uma jumenta amarrada e com ela seu jumentinho. Desamarrai-os e trazei-mos. 3.Se alguém vos disser qualquer coisa, respondei-lhe que o Senhor necessita deles e que ele sem demora os devolverá”. 4.Assim, neste acontecimento, cumpria-se o oráculo do profeta: 5.Dizei à filha de Sião: Eis que teu rei vem a ti, cheio de doçura, montado numa jumenta, num jumentinho, filho da que leva o jugo (Zc 9,9). 6.Os discípulos foram e executaram a ordem de Jesus. 7.Trouxeram a jumenta e o jumentinho, cobriram-nos com seus mantos e fizeram-no montar. 8.Então, a multidão estendia os mantos pelo caminho, cortava ramos de árvores e espalhava-os pela estrada. 9.E toda aquela multidão, que o precedia e que o seguia, clamava: “Hosana ao filho de Davi! Bendito seja aquele que vem em nome do Senhor! Hosana no mais alto dos céus!”.* 10.Quando ele entrou em Jerusalém, alvoroçou-se toda a cidade, perguntando: “Quem é este?”. 11.A multidão respondia: “É Jesus, o profeta de Nazaré da Galileia”.
Os vendilhões expulsos
12.Jesus entrou no templo e expulsou dali todos aqueles que se entregavam ao comércio. Derrubou as mesas dos cambistas e os bancos dos negociantes de pombas,* 13.e disse-lhes: “Está escrito: Minha casa é uma casa de oração (Is 56,7), mas vós fizestes dela um covil de ladrões (Jr 7,11)!”. 14.Os cegos e os coxos vieram a ele no templo e ele os curou, 15.com grande indignação dos príncipes dos sacerdotes e dos escribas que assistiam a seus milagres e ouviam os meninos gritarem no templo: “Hosana ao filho de Davi!”. 16.Disseram-lhe eles: “Ouves o que dizem eles?”. “Perfeitamente, respondeu-lhes Jesus. Nunca lestes estas palavras: Da boca dos meninos e das crianças de peito tirastes o vosso louvor” (Sl 8,3)?. 17.Depois os deixou e saiu da cidade para hospedar-se em Betânia.
A figueira amaldiçoada
18.De manhã, voltando à cidade, teve fome. 19.Vendo uma figueira à beira do caminho, aproximou-se dela, mas só achou nela folhas; e disse-lhe: “Jamais nasça fruto de ti!”. 20.E imediatamente a figueira secou. À vista disso, os discípulos ficaram estupefatos e disseram: “Como ficou seca num instante a figueira?!”. 21.Respondeu-lhes Jesus: “Em verdade vos declaro que, se tiverdes fé e não hesitardes, não só fareis o que foi feito a esta figueira, mas ainda se disserdes a esta montanha: Levanta-te daí e atira-te ao mar, isso se fará…* 22.Tudo o que pedirdes com fé na oração, vós o alcançareis”.
Autoridade de Jesus
23.Dirigiu-se Jesus ao templo. E, enquanto ensinava, os príncipes dos sacerdotes e os anciãos do povo aproximaram-se e perguntaram-lhe: “Com que direito fazes isso? Quem te deu essa autoridade?”. 24.Respondeu-lhes Jesus: “Eu vos proporei também uma questão. Se responderdes, eu vos direi com que direito o faço. 25.Donde procedia o batismo de João: do céu ou dos homens?”. Ora, eles raciocinavam entre si: “Se respondermos: Do céu, ele nos dirá: Por que não crestes nele? 26.E se dissermos: Dos homens, é de temer-se a multidão, porque todo o mundo considera João como profeta”. 27.Responderam a Jesus: “Não sabemos”. “Pois eu tampouco vos digo” – retorquiu Jesus – “com que direito faço essas coisas.”
Parábola dos dois filhos
28.“Que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Dirigindo-se ao primeiro, disse-lhe: ‘Meu filho, vai trabalhar hoje na vinha’. 29.Respondeu ele: ‘Não quero’. Mas, em seguida, tocado de arrependimento, foi. 30.Dirigindo-se depois ao outro, disse-lhe a mesma coisa. O filho respondeu: ‘Sim, pai!’. Mas não foi.* 31.Qual dos dois fez a vontade do pai? ‘O primeiro’ – responderam-lhe. E Jesus disse-lhes: ‘Em verdade vos digo: os publicanos e as meretrizes vos precedem no Reino de Deus! 32.João veio a vós no caminho da justiça e não crestes nele. Os publicanos, porém, e as prostitutas creram nele. E vós, vendo isso, nem fostes tocados de arrependimento para crerdes nele’.”
Parábola dos lavradores homicidas
33.“Ouvi outra parábola: havia um pai de família que plantou uma vinha. Cercou-a com uma sebe, cavou um lagar e edificou uma torre. E, tendo-a arrendado a lavradores, deixou o país.* 34.Vindo o tempo da colheita, enviou seus servos aos lavradores para recolher o produto de sua vinha. 35.Mas os lavradores agarraram os servos, feriram um, mataram outro e apedrejaram o terceiro. 36.Enviou outros servos em maior número que os primeiros, e fizeram-lhes o mesmo. 37.Enfim, enviou seu próprio filho, dizendo: Hão de respeitar meu filho. 38.Os lavradores, porém, vendo o filho, disseram uns aos outros: Eis o herdeiro! Matemo-lo e teremos a sua herança! 39.Lançaram-lhe as mãos, conduziram-no para fora da vinha e o assassinaram. 40.Pois bem: quando voltar o senhor da vinha, que fará ele àqueles lavradores?” 41.Responderam-lhe: “Mandará matar sem piedade aqueles miseráveis e arrendará sua vinha a outros lavradores que lhe pagarão o produto em seu tempo”. 42.Jesus acrescentou: “Nunca lestes nas Escrituras: A pedra rejeitada pelos construtores tornou-se a pedra angular; isto é obra do Senhor, e é admirável aos nossos olhos (Sl 117,22)? 43.Por isso, vos digo: será tirado de vós o Reino de Deus, e será dado a um povo que produzirá os frutos dele. 44.[Aquele que tropeçar nesta pedra, far-se-á em pedaços; e aquele sobre quem ela cair será esmagado.]”. 45.Ouvindo isso, os príncipes dos sacerdotes e os fariseus compreenderam que era deles que Jesus falava.* 46.E procuravam prendê-lo; mas temeram o povo, que o tinha por um profeta.
Parábola da festa das bodas
22. 1.Jesus tornou a falar-lhes por meio de parábolas: 2.“O Reino dos Céus é comparado a um rei que celebrava as bodas de seu filho. 3.Enviou seus servos para chamar os convidados, mas eles não quiseram vir. 4.Enviou outros ainda, dizendo-lhes: Dizei aos convidados que já está preparado o meu banquete; meus bois e meus animais cevados estão mortos, tudo está preparado. Vinde às bodas! 5.Mas, sem se importarem com aquele convite, foram-se, um a seu campo e outro para seu negócio. 6.Outros lançaram mãos de seus servos, insultaram-nos e os mataram. 7.O rei soube e indignou-se em extremo. Enviou suas tropas, matou aqueles assassinos e incendiou-lhes a cidade. 8.Disse depois a seus servos: O festim está pronto, mas os convidados não foram dignos. 9.Ide às encruzilhadas e convidai para as bodas todos quantos achardes. 10.Espalharam-se eles pelos caminhos e reuniram todos quantos acharam, maus e bons, de modo que a sala do banquete ficou repleta de convidados. 11.O rei entrou para vê-los e viu ali um homem que não trazia a veste nupcial. 12.Perguntou-lhe: Meu amigo, como entraste aqui, sem a veste nupcial? O homem não proferiu palavra alguma. 13.Disse, então, o rei aos servos: Amarrai-lhe os pés e as mãos e lançai-o nas trevas exteriores. Ali haverá choro e ranger de dentes. 14.Porque muitos são os chamados, e poucos os escolhidos”.
Imposto do imperador
15.Reuniram-se então os fariseus para deliberar entre si sobre a maneira de surpreender Jesus nas suas próprias palavras. 16.Enviaram seus discípulos com os herodianos, que lhe disseram: “Mestre, sabemos que és verdadeiro e ensinas o caminho de Deus em toda a verdade, sem te preocupares com ninguém, porque não olhas para a aparência dos homens.* 17.Dize-nos, pois, o que te parece: É permitido ou não pagar o imposto a César?”. 18.Jesus, percebendo a sua malícia, respondeu: “Por que me tentais, hipócritas? 19.Mostrai-me a moeda com que se paga o imposto!”. Apresentaram-lhe um denário. 20.Perguntou Jesus: “De quem é esta imagem e esta inscrição?”. 21.“De César” – responderam-lhe. Disse-lhes então Jesus: “Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. 22.Esta resposta encheu-os de admiração e, deixando-o, retiraram-se.
Como será a ressurreição
23.Naquele mesmo dia, os saduceus, que negavam a ressurreição, interrogaram-no:* 24.“Mestre, Moisés disse: Se um homem morrer sem filhos, seu irmão case-se com a sua viúva e dê-lhe assim uma posteridade (Dt 25,5). 25.Ora, havia entre nós sete irmãos. O primeiro casou-se e morreu. Como não tinha filhos, deixou sua mulher ao seu irmão. 26.O mesmo sucedeu ao segundo, depois ao terceiro, até o sétimo. 27.Por sua vez, depois deles todos, morreu também a mulher. 28.Na ressurreição, de qual dos sete será a mulher, uma vez que todos a tiveram?”. 29.Respondeu-lhes Jesus: “Errais, não compreendendo as Escrituras nem o poder de Deus. 30.Na ressurreição, os homens não terão mulheres nem as mulheres, maridos; mas serão como os anjos de Deus no céu. 31.Quanto à ressurreição dos mortos, não lestes o que Deus vos disse: 32.Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó (Ex 3,6)? Ora, ele não é Deus dos mortos, mas Deus dos vivos”.* 33.E, ouvindo essa doutrina, as turbas se enchiam de grande admiração.
O grande mandamento
34.Sabendo os fariseus que Jesus reduzira ao silêncio os saduceus, reuniram-se 35.e um deles, doutor da Lei, fez-lhe esta pergunta para pô-lo à prova: 36.“Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?”. 37.Respondeu Jesus: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu o coração, de toda a tua alma e de todo o teu espírito (Dt 6,5). 38.Esse é o maior e o primeiro mandamento. 39.E o segundo, semelhante a este, é: Amarás teu próximo como a ti mesmo (Lv 19,18). 40.Nesses dois mandamentos se resumem toda a Lei e os Profetas”.
O Messias, filho de Davi
41.Como os fariseus se agrupassem, Jesus interrogou-os: 42.“Que pensais vós de Cristo? De quem é filho?”. Responderam: “De Davi!”. 43.“Como então, prosseguiu Jesus, Davi, falando sob inspiração do Espírito, chama-o Senhor, dizendo: 44.O Senhor disse a meu Senhor: Senta-te à minha direita, até que eu ponha teus inimigos por escabelo dos teus pés (Sl 109,1)? 45.Se, pois, Davi o chama Senhor, como é ele seu filho?” 46.Ninguém pôde responder-lhe nada. E, depois daquele dia, ninguém mais ousou interrogá-lo.
Acusações contra os escribas e os fariseus
23. 1.Dirigindo-se, então, Jesus à multidão e aos seus discípulos, disse: 2.“Os escribas e os fariseus sentaram-se na cadeira de Moisés. 3.Observai e fazei tudo o que eles dizem, mas não façais como eles, pois dizem e não fazem. 4.Atam fardos pesados e esmagadores e com eles sobrecarregam os ombros dos homens, mas não querem movê-los sequer com o dedo. 5.Fazem todas as suas ações para serem vistos pelos homens, por isso trazem largas faixas e longas franjas nos seus mantos. 6.Gostam dos primeiros lugares nos banquetes e das primeiras cadeiras nas sinagogas. 7.Gostam de ser saudados nas praças públicas e de ser chamados rabi pelos homens. 8.Mas vós não vos façais chamar rabi, porque um só é o vosso preceptor, e vós sois todos irmãos. 9.E a ninguém chameis de pai sobre a terra, porque um só é vosso Pai, aquele que está nos céus. 10.Nem vos façais chamar de mestres, porque só tendes um Mestre, o Cristo. 11.O maior dentre vós será vosso servo. 12.Aquele que se exaltar será humilhado, e aquele que se humilhar será exaltado. 13.Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Vós fechais aos homens o Reino dos Céus. Vós mesmos não entrais e nem deixais que entrem os que querem entrar. 14.[Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Devorais as casas das viúvas, fingindo fazer longas orações. Por isso, sereis castigados com muito maior rigor.]* 15.Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Percorreis mares e terras para fazer um prosélito e, quando o conseguis, fazeis dele um filho do inferno duas vezes pior que vós mesmos.* 16.Ai de vós, guias cegos! Vós dizeis: Se alguém jura pelo templo, isto não é nada; mas, se jura pelo tesouro do templo, é obrigado pelo seu juramento. 17.Insensatos, cegos! Qual é o maior: o ouro ou o templo que santifica o ouro? 18.E dizeis ainda: Se alguém jura pelo altar, não é nada; mas, se jura pela oferta que está sobre ele, é obrigado. 19.Cegos! Qual é o maior: a oferta ou o altar que santifica a oferta? 20.Aquele que jura pelo altar jura ao mesmo tempo por tudo o que está sobre ele. 21.Aquele que jura pelo templo, jura ao mesmo tempo por aquele que nele habita. 22.E aquele que jura pelo céu, jura ao mesmo tempo pelo trono de Deus e por aquele que nele está sentado. 23.“Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Pagais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e desprezais os preceitos mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia, a fidelidade. Eis o que era preciso praticar em primeiro lugar sem, contudo, deixar o restante. 24.Guias cegos! Filtrais um mosquito e engolis um camelo. 25.Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Limpais por fora o copo e o prato e por dentro estais cheios de roubo e de intemperança. 26.Fariseu cego! Limpa primeiro o interior do copo e do prato, para que também o que está fora fique limpo. 27.Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Sois semelhantes aos sepulcros caiados: por fora parecem formosos, mas por dentro estão cheios de ossos, de cadáveres e de toda espécie de podridão.* 28.Assim também vós: por fora pareceis justos aos olhos dos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e de iniquidade. 29.Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Edificais sepulcros aos profetas, adornais os monumentos dos justos 30.e dizeis: Se tivéssemos vivido no tempo de nossos pais, não teríamos manchado nossas mãos como eles no sangue dos profetas… 31.Testemunhais assim contra vós mesmos que sois de fato os filhos dos assassinos dos profetas. 32.Acabai, pois, de encher a medida de vossos pais!* 33.Serpentes! Raça de víboras! Como escapareis ao castigo do inferno? 34.Vede, eu vos envio profetas, sábios, doutores. Matareis e crucificareis uns e açoitareis outros nas vossas sinagogas. Eu os perseguireis de cidade em cidade, 35.para que caia sobre vós todos o sangue inocente derramado sobre a terra, desde o sangue de Abel, o justo, até o sangue de Zacarias, filho de Baraquias, a quem matastes entre o templo e o altar. 36.Em verdade vos digo: todos esses crimes pesam sobre esta raça.
Lamentação por Jerusalém
37.Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas aqueles que te são enviados! Quantas vezes eu quis reunir teus filhos, como a galinha reúne seus pintinhos debaixo de suas asas… e tu não quiseste! 38.Pois bem, a vossa casa vos é deixada deserta. 39.Porque eu vos digo: já não me vereis de hoje em diante, até que digais: Bendito seja aquele que vem em nome do Senhor.”
Predição da ruína de Jerusalém
24. 1.Ao sair do templo, os discípulos aproximaram-se de Jesus e fizeram-no apreciar as construções. 2.Jesus, porém, respondeu-lhes: “Vedes todos estes edifícios? Em verdade vos declaro: não ficará aqui pedra sobre pedra; tudo será destruído”. 3.Indo ele assentar-se no monte das Oliveiras, achegaram-se os discípulos e, estando a sós com ele, perguntaram-lhe: “Quando acontecerá isto? E qual será o sinal de tua volta e do fim do mundo?”.* 4.Respondeu-lhes Jesus: “Cuidai que ninguém vos seduza.* 5.Muitos virão em meu nome, dizendo: Sou eu o Cristo. E seduzirão a muitos. 6.Ouvireis falar de guerras e de rumores de guerra. Atenção: que isso não vos perturbe, porque é preciso que isso aconteça. Mas ainda não será o fim. 7.Irá levantar-se nação contra nação, reino contra reino, e haverá fome, peste e grandes desgraças em diversos lugares. 8.Tudo isso será apenas o início das dores. 9.Então, sereis entregues aos tormentos, sereis mortos e sereis por minha causa, sereis objeto de ódio para todas as nações. 10.Muitos sucumbirão, serão traídos mutuamente e mutuamente se odiarão. 11.Irão levantar-se muitos falsos profetas e seduzirão a muitos. 12.E, ante o progresso crescente da iniquidade, a caridade de muitos esfriará. 13.Entretanto, aquele que perseverar até o fim será salvo. 14.Este Evangelho do Reino será pregado pelo mundo inteiro para servir de testemunho a todas as nações, e então chegará o fim.
A grande tribulação
15.Quando virdes estabelecida no lugar santo a abominação da desolação que foi predita pelo profeta Daniel (9,27) – o leitor entenda bem –,* 16.então os habitantes da Judeia fujam para as montanhas. 17.Aquele que está no terraço da casa não desça para tomar o que está em sua casa. 18.E aquele que está no campo não volte para buscar suas vestimentas. 19.Ai das mulheres que estiverem grávidas ou amamentarem naqueles dias! 20.Rogai para que vossa fuga não seja no inverno, nem em dia de sábado;* 21.porque então a tribulação será tão grande como nunca foi vista, desde o começo do mundo até o presente, nem jamais será. 22.Se aqueles dias não fossem abreviados, criatura alguma escaparia; mas, por causa dos escolhidos, aqueles dias serão abreviados. 23.Então, se alguém vos disser: Eis, aqui está o Cristo! Ou: Ei-lo acolá!, não creiais.* 24.Porque se levantarão falsos cristos e falsos profetas, que farão milagres a ponto de seduzir, se isso fosse possível, até mesmo os escolhidos. 25.Eis que estais prevenidos. 26.Se, pois, vos disserem: Vinde, ele está no deserto, não saiais. Ou: Lá está ele em casa, não o creiais. 27.Porque, como o relâmpago parte do Oriente e ilumina até o Ocidente, assim será a volta do Filho do Homem. 28.Onde houver um cadáver, aí se ajuntarão os abutres”.
Vinda inesperada do filho de Deus
29.“Logo após esses dias de tribulação, o sol escurecerá, a lua não terá claridade, cairão do céu as estrelas e as potências dos céus serão abaladas. 30.Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem. Todas as tribos da terra baterão no peito e verão o Filho do Homem vir sobre as nuvens do céu cercado de glória e de majestade. 31.Ele enviará seus anjos com estridentes trombetas, e juntarão seus escolhidos dos quatro ventos, de uma extremidade do céu à outra.
“A parusia”
32.Compreendei isso pela comparação da figueira: quando seus ramos estão tenros e crescem as folhas, pressentis que o verão está próximo. 33.Do mesmo modo, quando virdes tudo isso, sabei que o Filho do Homem está próximo, à porta. 34.Em verdade vos declaro: não passará esta geração antes que tudo isso aconteça.* 35.O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão. 36.Quanto àquele dia e àquela hora, ninguém o sabe, nem mesmo os anjos do céu, mas somente o Pai.* 37.Assim como foi nos tempos de Noé, assim acontecerá na vinda do Filho do Homem. 38.Nos dias que precederam o dilúvio, comiam, bebiam, casavam-se e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca. 39.E os homens de nada sabiam, até o momento em que veio o dilúvio e os levou a todos. Assim será também na volta do Filho do Homem. 40.Dois homens estarão no campo: um será tomado, o outro será deixado. 41.Duas mulheres estarão moendo no mesmo moinho: uma será tomada e a outra será deixada. 42.Vigiai, pois, porque não sabeis a hora em que virá o Senhor. 43.Sabei que se o pai de família soubesse em que hora da noite viria o ladrão, vigiaria e não deixaria arrombar a sua casa. 44.Por isso, estai também vós preparados porque o Filho do Homem virá numa hora em que menos pensardes.”
Exortação à vigilância
45.“Quem é, pois, o servo fiel e prudente que o Senhor constituiu sobre os de sua família, para dar-lhes o alimento no momento oportuno? 46.Bem-aventurado aquele servo a quem seu senhor, na sua volta, encontrar procedendo assim! 47.Em verdade vos digo: ele o estabelecerá sobre todos os seus bens. 48.Mas, se é um mau servo que imagina consigo: 49.‘Meu senhor tarda a vir’, e se põe a bater em seus companheiros e a comer e a beber com os ébrios, 50.o senhor desse servo virá no dia em que ele não o espera e na hora em que ele não sabe,51.e o despedirá e o mandará ao destino dos hipócritas; ali haverá choro e ranger de dentes.”