DESAFIO: "A BÍBLIA EM UM ANO"

Ducentésimo nonagésimo primeiro dia: Profanação do serviço do Senhor e a santidade do matrimônio

Continuando o nosso desafio, finalizamos hoje a meditação do Antigo Testamento da Sagrada Escritura com o livro do profeta Malaquias. Nele refletimos as mensagens do Senhor para o povo de Israel, repreendendo-os por seu comportamento pecaminoso e infiel em relação aos mandamentos de Deus. O Senhor expressa o seu amor por Jacó e seu desagrado por Esaú, transformando suas montanhas em desertos. Ele também repreende os sacerdotes por profanarem o serviço do Senhor, oferecendo sacrifícios impuros e menosprezando a importância do altar. O profeta também fala sobre a importância do casamento e a necessidade de fidelidade. Ele adverte o povo sobre o dia do Senhor, quando os arrogantes e ímpios serão julgados e os justos serão recompensados. Faça a leitura de preferencia em sua Bíblia dos capítulos 1, 2 e 3 do livro de Malaquias (Ml).

Malaquias

1.   1.Oráculo. Palavra do Senhor dirigida a Israel por seu Mensageiro.* 2.“Eu vos amei” – diz o Senhor –. “E vós dizeis: em que nos amastes? Esaú não era, porventura, irmão de Jacó? – oráculo do Senhor. Contudo, amei Jacó 3.e aborreci Esaú, transformei suas montanhas em desertos solitários e entreguei sua herança aos chacais do deserto.* 4.Ainda que dissessem os edomitas: fomos destruídos, mas nos levantaremos de nossa ruína, eis o que diz o Senhor dos exércitos: que eles construam e eu destruirei; sua terra será chamada terra da impiedade, povo contra o qual irou-se o Senhor para sempre. 5.Vereis isto com os vossos olhos e direis: o Senhor é grande, mesmo para além do território de Israel!*

Profanação do serviço do Senhor

6.O filho respeita seu pai e o servo, seu senhor. Ora, se eu sou Pai, onde estão as honras que me são devidas? E se eu sou o Senhor, onde está o temor que se me deve? – diz o Senhor dos exércitos a vós, sacerdotes, que desprezais o seu nome e dizeis: que desprezo temos tido por teu nome? 7.Ofereceis sobre o meu altar alimentos impuros! E ousais dizer: Em que desprezamos o teu nome? E julgais que a mesa do Senhor seja de pouca importância. 8.Se ofereceis em sacrifício um animal cego, não haverá mal algum nisto? E, se trazeis um animal coxo e doente, não vedes mal algum nisto? Vai, pois, oferecê-lo ao teu governador; crês que lhe agradarias, que ele receberia bem? – diz o Senhor dos exércitos. 9.Ide agora rogar a Deus que nos perdoe! Tendo feito tudo isto com vossas próprias mãos, ele nos ouvirá favoravelmente? – diz o Senhor dos exércitos. 10.Vá, antes, um de vós e feche as portas. Não acendereis mais inutilmente o fogo no meu altar. Não tenho nenhuma complacência convosco – diz o Senhor dos exércitos – e nenhuma oferta de vossas mãos me é agradável. 11.Porque, do nascente ao poente, meu nome é grande entre as nações e em todo lugar se oferecem ao meu nome o incenso, sacri­fícios e oblações puras. Sim, grande é o meu nome entre as nações – diz o Senhor dos exércitos.* 12.Vós, porém, o profanais quando dizeis: A mesa do Senhor está manchada; o que nela se oferece é um alimento comum. 13.E dizeis ainda: Ai, que cansaço! E mostrais desprezo pelo altar. Trazeis o animal roubado, o coxo, o doente. Julgais que vou aceitá-lo de vossas mãos? – diz o Senhor. 14.Maldito seja o homem fraudulento que consagra e sacrifica ao Senhor um animal defeituoso, tendo no rebanho animais sadios! Sou um grande Rei – diz o Senhor – e o meu nome é temível entre as nações.”

Legislatura matrimonial

2.   1.“A vós, ó sacerdotes, dou esta ordem: 2.Se não me ouvirdes, se não tomardes a peito a glória de meu nome – diz o Senhor dos exércitos –, lançarei contra vós a maldição, trocarei em maldições as vossas bênçãos; aliás, já o fiz, porque não tomastes a peito (as minhas ordens). 3.Eis que vou abater vosso braço, espalhar-vos esterco no rosto – o esterco de vossas festas – e sereis lançados fora com ele. 4.Então, sabereis que fui eu que vos dei esta ordem para que subsista o meu pacto com Levi – diz o Senhor dos exércitos. 5.A minha aliança com Levi foi um pacto de vida e prosperidade e também de temor, a fim de que ele temesse o meu nome; e ele temeu-me e sempre teve reverência por meu nome; 6.sua boca ensinou a verdade, e não se encontrou perversidade nos seus lábios. Andou comigo na paz e na retidão, e afastou do mal grande número de homens. 7.Porque os lábios do sacerdote guardam a ciência e é de sua boca que se espera a doutrina, pois ele é o mensageiro do Senhor dos exércitos. 8.Mas vós vos desviastes do caminho reto e fostes causa de muitos vacilarem na Lei; violastes o pacto de Levi – diz o Senhor dos exércitos. 9.Por isso, eu vos tornei desprezíveis e abjetos aos olhos de todo o povo, porque não guardastes os meus mandamentos e fizestes acepção de pessoas na aplicação da Lei.”

Santidade do matrimônio

10.“Acaso não é um mesmo o Pai de todos nós? Não foi um mesmo Deus que nos criou? Por que razão somos pérfidos uns para com os outros, violando assim o pacto de nossos pais? 11.Judá cometeu uma infâmia, a abominação foi perpetrada em Israel e Jerusalém; com efeito, Judá profanou o que é consagrado ao Senhor, porquanto amou e desposou a filha de um deus estrangeiro.* 12.Que o Senhor extermine das tendas de Jacó todo culpado, o que testemunha e o que responde, e o elimine dentre os que apresentam uma oferta ao Senhor dos exércitos.* 13.Eis ainda outra maldade que cometeis: inundais de lágrimas, prantos e gemidos o altar do Senhor, porque o Senhor não dá atenção alguma a vossas ofertas e não se compraz no que lhe apresentais com vossas mãos.* 14.E dizeis: Mas por quê?! É porque o Senhor foi testemunha entre ti e a esposa de tua juventude. Foste-lhe infiel, sendo ela a tua companheira e a esposa de tua aliança. 15.Porventura não fez ele um só ser com carne e sopro de vida? E para que pende este ser único, senão para uma posteridade concedida por Deus? Tende, pois, cuidado de vós mesmos, e que ninguém seja infiel à esposa de sua juventude. 16.Quando alguém, por aversão, repudia a mulher – diz o Senhor, Deus de Israel –, cobre de injustiça as suas vestes – diz o Senhor dos exércitos. Tende, pois, cuidado de vós mesmos e não sejais infiéis!”

O dia do Senhor

17.“Vós sois pesados ao Senhor com vossos discursos. E perguntais: O quê? Nós o cansamos? – Sim! Porque dizeis: Aquele que faz o mal é bem visto aos olhos do Senhor, que nele se compraz; ou: Onde está Deus para julgar?”

Dízimos e ofertas

3.   1.“Vou mandar o meu mensageiro para preparar o meu caminho. E imediatamente virá ao seu Templo o Senhor que buscais, o anjo da aliança que desejais. Ei-lo que vem – diz o Senhor dos exércitos.* 2.Quem estará seguro no dia de sua vinda? Quem poderá resistir quando ele aparecer? Porque ele é como o fogo do fundidor, como a lixívia dos lavadeiros. 3.Ele se sentará para fundir e purificar a prata; purificará os filhos de Levi e os refinará, como se refinam o ouro e a prata; então, eles serão para o Senhor aqueles que apresentarão as ofertas como convêm. 4.E a oblação de Judá e de Jerusalém será agradável ao Senhor, como nos dias antigos, como nos anos de outrora. 5.Virei ter convosco para julgar vossas questões e serei uma testemunha pronta contra os mágicos, os adúlteros, os perjuros, contra os que retêm o salário do operário, que oprimem a viúva e o órfão, que maltratam o estrangeiro e não me temem – diz o Senhor. 6.Porque eu sou o Senhor e não mudo; e vós, ó filhos de Jacó, não sois ainda um povo extinto. 7.Desde os dias de vossos pais vos apartastes de meus mandamentos e não os guardastes. Voltai a mim, e eu me voltarei para vós – diz o Senhor dos exércitos. Vós, porém, dizeis: Mas voltar como? 8.Pode o homem enganar o seu Deus? Por que procurais enganar-me? E ainda perguntais: Em que vos temos enganado? No pagamento dos dízimos e nas ofertas.* 9.Fostes atingidos pela maldição, e vós, nação inteira, procu­rais enganar-me. 10.Pagai integralmente os dízimos ao tesouro do templo, para que haja alimento em minha casa. Fazei a experiência – diz o Senhor dos exércitos – e vereis se não vos abro os reservatórios do céu e se não derramo a minha bênção sobre vós muito além do necessário.* 11.Para vos beneficiar afugentarei o gafa­nhoto, que não destruirá mais os frutos de vossa terra e não haverá nos campos vinha improdutiva – diz o Senhor dos exércitos.* 12.Todas as nações vos felicitarão, porque sereis terra de delícias – diz o Senhor dos exércitos.

Justiça divina

13.Tendes proferido palavras violentas contra mim – diz o Senhor. E perguntais: O que é que dissemos contra vós? 14.Dissestes: É trabalho perdido servir a Deus. Que ganhamos com a obediência às suas ordens e com as procissões de luto diante do Senhor dos exércitos? 15.Agora, temos por ditosos os arrogantes e prosperam os que cometem a iniquidade; ousam, até, tentar a Deus e escapam ao castigo. 16.Assim falavam os que temem o Senhor. Mas o Senhor ouviu atento: dian­te dele foi escrito o livro que conserva a memória daqueles que temem o Senhor e respeitam o seu nome. 17.Eles serão para mim um bem particular – diz o Senhor dos exércitos – no dia em que eu agir; eu os tratarei benignamente como um pai trata com indulgência o filho que o serve. 18.E vereis de novo que há uma diferença entre justo e ímpio, entre quem serve a Deus e quem não o serve. 19.Porque eis que vem o dia, ardente como uma fornalha. E todos os soberbos, todos os que cometem o mal serão como a palha; este dia que vai vir os queimará – diz o Senhor dos exércitos – e nada ficará: nem raiz nem ramos. 20.Mas sobre vós que temeis o meu nome se levantará o sol de justiça que traz a salvação em seus raios. Saireis e saltareis, livres como os bezerros ao saírem do estábulo. 21.Pisareis aos pés os ímpios, os quais serão pó, sob a planta de vossos pés, no dia em que eu agir – diz o Senhor dos exércitos.

Profeta Elias

22.Lembrai-vos da Lei de Moisés, meu servo, a quem prescrevi ordenações e mandamentos para todo o Israel, no monte Horeb. 23.Vou mandar-vos o profeta Elias, antes que venha o grande e temível dia do Senhor, 24.e ele converterá o coração dos pais para os filhos, e o coração dos filhos para os pais, de sorte que não ferirei mais de interdito a terra.”*

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