DESAFIO: "A BÍBLIA EM UM ANO"

Ducentésimo octogésimo quarto dia: Oração de Habacuc e a espera pela justiça

Hoje iremos meditar o livro do profeta Habacuc, onde narra um diálogo entre o profeta e Deus. Habacuc questiona a aparente inação de Deus diante da violência e injustiça que ocorrem ao seu redor. Deus responde que ele está ciente dessas questões e que tomará medidas para corrigi-las. Deus revela que enviará os caldeus, um povo feroz, para punir os injustos. Habacuc então faz uma súplica a Deus, questionando seu aparente silêncio diante do mal. Ele também expressa sua confiança em Deus. O capítulo 3 consiste em uma oração de Habacuc, onde ele louva a majestade de Deus e pede que sua obra seja revelada ao longo dos tempos. Faça a leitura de preferencia em sua Bíblia dos capítulos 1, 2 e 3 do livro de Habacuc (Hab).

Habacuc

1.   1.Oráculo recebido em visão pelo profeta Habacuc.

Dialogo do profeta com Deus

2.Até quando, Senhor, implorarei sem que escuteis? Até quando vos clamarei: “Violência!”, sem que venhais em socorro? 3.Por que me mostrais o espetáculo da iniquidade, e contemplais vós mesmo essa desgraça? Só vejo diante de mim opressão e violência, nada mais que discórdias e contendas, 4.porque a Lei se acha desacreditada, e não se vê mais a justiça; porque o ímpio cerca o justo, e a equidade encontra-se falseada. 5.Olhai para as nações e vede. Ficareis assombrados, pasmos, porque vou realizar em vossos dias uma obra, que não acreditaríeis, se vo-la contassem.* 6.Vou suscitar os caldeus, esse povo feroz e impetuoso, que se espalha através de vastas extensões de terra, para se apoderar de moradas que não são suas. 7.Ele é terrível e temível, dele próprio procedem seu direito e sua grandeza. 8.Seus cavalos são mais ligeiros que as panteras, mais ágeis que os lobos da noite. Seus cavaleiros precipitam-se; eles vêm de longe, e voam como águia que se atira sobre a presa. 9.Todos correm para a violência, olhos fixos diante de si; amontoam cativos como grãos de areia. 10.Esse povo zomba dos reis, os príncipes são o objeto de seus gracejos; ele se ri de todas as fortalezas: levanta montões de terra e toma-as.* 11.Depois o furacão muda de rumo e passa, pratica o mal, ele, cujo deus é a força.*

Súplica do profeta

12.Não sois vós, Senhor, desde o princípio, o meu Deus, o meu Santo, o Imortal? Senhor, vós destinastes este povo para fazer justiça, o Rochedo, vós o designastes para aplicar castigos.* 13.Vossos olhos são por demais puros para verem o mal, não podeis contemplar o sofrimento. Por que olharíeis os ímpios e vos calaríeis, enquanto o malvado devora o justo? 14.Trataríeis os homens como os peixes do mar, como os répteis que não têm dono…* 15.Ele pesca todos com o anzol, pega-os no covo, e recolhe-os na rede: e, com isso, se alegra e exulta.* 16.Por isso, oferece sacrifícios à sua nassa, e queima perfumes à sua rede porque, graças a elas, teve pesca abundante e suculento manjar. 17.Mas continuará ele a esvaziar sua rede e a degolar impiedosamente as nações?

Espera no Senhor

2.   1.Vou ficar de sentinela, e postar-me sobre a trincheira; vou espreitar o que vai me dizer o Senhor, e o que ele vai responder ao meu pedido.* 2.E o Senhor respondeu-me assim: “Escreve esta visão, grava-a em tabuinhas, para que ela possa ser lida facilmente; 3.porque há ainda uma visão para um termo fixado, ela se aproxima rapidamente de seu termo e não falhará. Mas, se tardar, espera-a, porque ela se realizará com toda a certeza e não falhará. 4.Eis que sucumbe o que não tem a alma íntegra, mas o justo vive por sua fidelidade.* 5.Sem dúvida, o vinho é traiçoeiro: o homem arrogante não tem repouso, dilata a goela como a voragem da habitação dos mortos, e se mostra tão insaciável como a morte; ele junta para si todas as nações, e engloba em si todos os povos.*

Cinco maldições

6.Porventura não se entregarão todos esses a compor sátiras sobre ele, a causticá-lo com zombarias e alusões picantes e a dizer: Ai daquele que amontoa o bem alheio! – Até quando? – E do que acumula sobre si o peso da dívida!* 7.Porventura não se levantarão de repente os teus credores, e não surgirão os teus opressores? Tu te tornarás presa deles. 8.Visto que despojaste numerosas nações, te despojarão os outros povos que restam, por causa do sangue humano derramado e das violências praticadas contra a terra, as cidades e as populações. 9.Ai daquele que procura lucros criminosos para a sua casa, e que quer colocar bem alto o seu ninho, para escapar ao golpe da adversidade! 10.Teus desígnios cobriram de vergonha a tua família, pois, destruindo muitos povos, fizeste mal a ti mesmo, 11.porque as pedras das muralhas clamam vingança, e fazem-lhe eco as vigas de madeira. 12.Ai daquele que constrói uma cidade a preço de sangue, que funda uma cidade na iniquidade! 13.Não é esta uma ordem do Senhor dos exércitos: Que os povos trabalhem para o fogo, e as nações se fatiguem para o nada? 14.Porque a terra se encherá do conhecimento da glória do Senhor, como o fundo do mar está coberto de suas águas.* 15.Ai daquele que dá de beber aos outros, misturando à bebida um veneno que os embriague, para ver a sua nudez! 16.Serás saciado de opróbrio, não de glória; bebe, também tu, e embriaga-te! Sobre ti se voltará a taça apresentada pela mão do Senhor, e a abjeção cairá sobre a tua glória,* 17.porque a violência praticada contra o Líbano pesará sobre ti, e os estragos dos animais te farão tremer, por causa do sangue humano derramado e das violências praticadas contra a terra, as cidades e as populações. 18.De que serve a imagem esculpida para que o escultor a talhe? E o ídolo fundido, que só ensina mentiras, para que o artífice nele ponha a sua confiança, fabricando divindades mudas? 19.Ai daquele que diz à madeira: “Desperta!”. E à pedra: “Levanta-te!”. Não se ouvirá mais que silêncio. Ei-lo coberto de ouro e de prata, mas não há nele sopro algum de vida.* 20.Mas o Senhor reside em sua santa morada; silêncio diante dele, ó terra inteira!

Oração do profeta

3.   1.Oração do profeta Habacuc. Em tom de lamentação. 2.Senhor, eu ouvi a vossa mensagem e enchi-me de temor diante de vossa obra. Fazei-a reviver no decorrer das idades, no decorrer das idades tornai-a manifesta. Em vossa ira, lembrai-vos da misericórdia! 3.Deus vem de Temã, o Santo vem do monte de Farã. Sua majestade cobre os céus, e a terra se enche de sua glória.* 4.Seu esplendor é deslumbrante como a luz, de suas mãos brotam raios; ali está o véu de seu poder. 5.A calamidade avança diante dele, a febre ardente lhe segue as pegadas. 6.Levantando-se, sacode ele a terra, olha e faz tremer as nações. Deslocam-se as montanhas eternas, desfazem-se as colinas antigas, e lhe abrem amplos caminhos! 7.Vejo em aflição as tendas da Etiópia, tremem os pavilhões de Madiã. 8.Porventura é contra os rios que se inflama o Senhor, é contra os rios que se desencadeia a vossa ira? Ou é contra o mar que se acende o vosso furor, quando montais em vossos cavalos e em vossos carros triunfais? 9.Mostra-se desnudado o vosso arco, vossas flechas são as palavras que jurastes, fendeis a terra e dela saem torrentes.* 10.À vossa vista tremem os montes, cai uma tromba-d’água, o abismo faz ouvir a sua voz, e levanta as mãos para o alto. 11.O sol e a lua ficam em sua morada, ao verem a luz de vossas flechas que voam, e o brilho fulgurante de vossa lança. 12.Vós calcais a terra em vosso furor, com a vossa cólera esmagais as nações. 13.Partistes para a guerra, para a salvação do vosso povo, para a salvação do vosso Ungido. Derrubastes o teto da casa do ímpio, pusestes a nu os seus fundamentos até a base.* 14.Transpassastes com vossas setas a cabeça dos príncipes que se precipitavam para nos dispersar, soltando gritos de alegria, como para devorar o infeliz em seu retiro.* 15.Lançastes vossos cavalos através do mar no turbilhão das muitas águas. 16.Ao ouvir esse tumulto, minhas entranhas comoveram-se; ao seu ruído meus lábios tremeram; a cárie penetra nos meus ossos, e meus passos vacilam debaixo de mim. Esperarei em silêncio o dia da aflição, que se há de levantar sobre o povo que nos oprime,* 17.porque então a figueira não brotará, nulo será o produto das vinhas, faltará o fruto da oliveira, e os campos não darão de comer. Não haverá mais ovelhas no aprisco, nem gado nos estábulos. 18.Eu, porém, me regozijarei no Senhor. Encontrarei minha alegria no Deus de minha salvação. 19.Javé, meu Senhor, é minha força; ele torna meus pés ágeis como os da corça, e me faz andar sobre os cimos.* Ao mestre do canto. Para instrumentos de corda.

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