Durante o processo de beatificação do Papa Pio X aconteceu um exame canônico dos restos mortais. Os restos mortais de Pio X foram retirados de seu túmulo em 19 de maio de 1944 e trazidos para a Basílica Vaticana.
O propósito deste exame era ter certeza de que os restos mortais no túmulo eram de Pio X. Por longa tradição, todavia, a cerimônia também servia para verificar se o corpo poderia estar incorrupto. Entretanto a incorruptibilidade do corpo não serve para prova adicional de santidade, mas apenas um sinal visível para confirmar a sua fama de santidade que se espalhava.
Uma testemunha presente na exumação e exame descreve o estado de incorruptibilidade descoberto em 19 de maio de 1944:
“Abrindo o caixão, encontraram o corpo intacto, vestido com as insígnias papais tal como foram enterrado 30 anos antes. Sob a firme pele que cobria a face, o contorno do crânio era claramente reconhecível. As cavidades dos olhos pareciam escuras, mas não vazias; estavam cobertas pelas pálpebras muito enrugadas e afundadas. O cabelo era branco e cobria o topo da cabeça completamente. A cruz peitoral e o anel pastoral brilhavam reluzentes. Em seu último testamento, Pio X pediu especialmente que seu corpo não fosse tocado e que o tradicional embalsamento não fosse realizado. Apesar disso, seu corpo estava excelentemente preservado. Nenhuma parte do esqueleto estava descoberta, nenhum osso exposto. Enquanto o corpo estava rígido, os braços, cotovelos e ombros estavam totalmente flexíveis. As mãos eram belas e magras, e as unhas nos dedos estavam perfeitamente preservadas.”
Foto: Exumação do Papa Pio X