Antonio Lucena nasceu no dia 27 de abril de 1927, na cidade de Campina Grande-PB. Filho de José Ulisses de Lucena e Maria Pequeno de Lucena.
Teve uma infância praticamente órfão de mãe, visto ela ter falecido quando tinha 4 anos, porém com um pai bastante trabalhador conseguiu sobreviver e superar essa perda.
Cursou do primário ao 1º ano ginasial no Colégio Tenente Alfredo, do 2º ao 5º ano ginasial no Colégio Diocesano Pio XI e o científico no Colégio Pernambucano em Recife/PE. A princípio pensou em prestar vestibular para Medicina, porém decidiu-se pelo Direito. Finalizou o curso de Direito em 1953 e anos depois foi para a Europa fazer Mestrado em Direito Público. Chegando ao Brasil, no início da década de 70, iniciou o doutorado também na Faculdade de Direito do Recife.
Antonio Lucena conheceu no final da década de 40, em Recife, Maria da Guia Araújo. Começam a namorar e, ao longo de quatro anos envolvendo namoro, noivado, chegam ao Matrimônio, no ano de 1953. Se dirigindo a ela, ele sempre afirma que “é uma mulher indispensável em sua vida; e que o amor de antes é o mesmo de agora.” Tiveram cinco filhos, quatro mulheres e um homem, netos e bisnetos.
Maria da Guia foi quem trouxe Antonio Lucena de volta a Igreja, pois apesar de toda criação cristã, até por dez anos antes do seu noivado, não colaborou em nada na Igreja.
Só que em 1975 recebeu em sua casa um casal católico, Maurício e Terezinha, líderes do Movimento dos Cursilhos de Cristandade, o qual foi lhe fazer um convite para participar do Cursilho de Cristandade Masculino no Convento Beneditino na Arquidiocese de Olinda e Recife. A princípio disse que não queria, pois não tinha tempo. Só que passaram alguns dias, e isto voltou ao seu coração e então entrando em contato com o casal, pediu que fizesse sua inscrição.
Então na quinta-feira, 17 de setembro de 1975 lá estava Antonio em Olinda para iniciar o Cursilho Masculino. Passando a quinta, a sexta, o sábado e ele só dizia: “estou perdendo tempo naquele lugar”. No domingo pela manhã, o assistente espiritual do Cursilho, dom Gerardo, o chamou para conversar. Assim foi parte da conversa, “Hoje o senhor vai sair daqui!”, disse o religioso. Respondeu Antonio Lucena: “Felizmente”. Exortou dom Gerardo: “Não diga isto!”. E prontamente respondeu Antonio Lucena: “Estou cansado! Isso não me ajudou em nada!”. “O senhor ainda vai receber uma ajuda muito forte.”, profetizou o religioso beneditino. Para finalizar Antonio Lucena disse: “Está bom”.
Chegou a tarde e os homens que participaram do Cursilho, se reuniram para receber um crucifixo – como acontece com todos os cursilhistas – sinal de envio ao final do encontro. Todos recebiam o crucifixo, ouvindo: Cristo conta com você! E o participante dizia: E eu com a Sua Graça!
Com Antonio Lucena foi diferente. Ao entrar na procissão para receber o crucifixo, ele caçoava: “vamos receber o diploma.”
Quando Dom Gerardo chamou Antonio Lucena, fitando os seus olhos em Antonio afirmou em alta voz: “Antonio, Eu conto com você!” Daí ele não teve mais como responder, o “olhar foi o de Cristo” e as lágrimas tomaram conta de rosto e chorando por mais de três horas. Foi uma experiência pessoal com o Senhor. Ele até hoje afirma ter sido o próprio Cristo que falou. Ao voltar para casa tudo se vez novo em sua vida.
Ao chegar em casa passou três dias sem trabalhar, trancado em casa lendo a Bíblia e livros católicos, que tinha comprado a poucos tempo. Passaram-se os dias e o casal começou a colaborar com o movimento do Cursilhos, só que agora na Diocese de Campina Grande.
Um dia soube que a irmã Almeida, de Olinda-PE, estaria vindo para Campina Grande, para a Paróquia São José, no bairro de José Pinheiro, junto com o Pe. Camilo. Daí Dona Guia foi primeiro assistir as palestras, gostou e, em seguida, levou Antonio Lucena. Foi assim que o Pe. Camilo, scj deu inicio ao movimento da Renovação Carismática Católica para Campina Grande-PB e Antonio Lucena se tornou líder do movimento na cidade sendo o pioneiro do movimento em várias cidades da região.
Sempre ajudando o Padre Camilo nas quartas-feiras, Antonio Lucena foi então chamado pela irmã Ângela, que veio do Rio de Janeiro com o ardor da RCC no coração, a criar um grupo de oração na Capela de São Vicente de Paulo no instituto com mesmo nome, as margens do Açude Velho. Este Grupo durou pouco tempo, fazendo com que Antonio Lucena procurasse o então Bispo Diocesano de Campina Grande, Dom Manuel Pereira da Costa, chegando lá o bispo o surpreendeu, ordenando: “vai e comece umtrabalho na Capela de São Pio X” e assim Antonio Lucena seguiu para Capela, onde sua esposa já colabora com as pastorais e auxiliava na administração. Lá exatamente em março de 1979, num sábado, dia 24 à tarde se reuniram sete pessoas, que maravilhados com a graça de Pentecostes, só tinham o desejo de expandir a ação do Espírito Santo. Logo, com a adesão de mais pessoa, se transferiu o Grupo de Oração para a quinta-feira, que acontece até hoje.
E com o passar dos dias a quantidade de pessoas se expandia. Jovens, adultos, crianças, dessa forma veio ao pensamento: o que fazer com esse povo? Daí se iniciou outros Grupos de Oração na segunda-feira à noite, na terça-feira à tarde, na quarta-feira sem contar com os Grupos de Oração para crianças.
Com a expansão dos grupos, da quantidade de pessoas que frequentava foi alugada uma casa situada a rua Sólon de Lucena, nº 106, no centro de Campina Grande-PB, bem próxima a Capela, para que os Grupos de Oração fossem melhor administrados. Mesmo sem ter sido ainda fundada oficialmente já se colocava na frente da casa uma placa luminosa: Comunidade de São Pio X – Centro Católico de Formação – Viver em Cristo.
No ano de 1991, em 7 de outubro – Dia de Nossa Senhora do Rosário, foi fundada oficialmente a Comunidade de São Pio X com a finalidade de ensinar e formar as pessoas que frequentavam os grupos de oração, de torná-las conhecedoras da doutrina católica e da Sagrada Escritura.
Por fim se perguntarmos a Antonio Lucena qual o seu sonho para Comunidade de São Pio X, ele afirma: “Por mais que se trabalhe; se pregue; se dedique; se faça, nunca alcançaremos aquilo que queremos da Comunidade de São Pio X, pois ela vai ser sempre aquilo que Deus quer que ela um dia seja para a Igreja”.
Em 18 de fevereiro de 1996 realizou pela primeira vez o CRESCER, o Encontro da Família Católica, evento que ele mesmo idealizou para ser a expressão autenticamente católica no período do carnaval em Campina Grande, diante de um evento filosófico e agnóstico que ganhava notoriedade e projeção a época.
Em 2008 durante uma das suas pregações no 12º CRESCER, subitamente passou mal, esquecendo onde estava e o que fazia no momento, daí em diante, em razão dos limites que a saúde lhe impunha foi se afastando gradativamente das atividades de evangelização.
A Comunidade de São Pio X foi canonicamente reconhecida pelo Bispo Diocesano de Campina Grande, em 06 de outubro de 2010, como associação privada de fieis de direito diocesano, atribuindo-lhe o título de Fraternidade Viver em Cristo (fvc). Posteriormente em 07 de outubro de 2016, a Comunidade de São Pio X teve seu estatuto canônico aprovado definitivamente após 6 anos de um período ad experimentum.
Os últimos anos de sua vida passou recolhido em sua casa no convívio dos familiares, amigos e irmãos da comunidade. Durante esse período deu um grande testemunho de resignação e aceitação, nos últimos anos não reclamava da situação que padecia, aceitava tudo e silenciava.
Faleceu no dia 20 de dezembro de 2019, às 3 horas da manhã em sua residência junto aos seus familiares.
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