A Associação Privada de Fiéis Fraternidade Viver em Cristo conhecida como a Comunidade de São Pio X, compreendida dentro nicho das Novas Comunidades, celebrou 32 anos da sua fundação e para bem celebrar, peregrinou à Catedral neste domingo 08, para receber as Indulgências Plenárias.
Desde cedo, os membros associados se concentraram defronte à sua sede, no centro de Campina Grande, e saíram em procissão com destino à Catedral, onde foram recebidos pelo Vigário Geral, Padre Luciano Guedes que abençoou os peregrinos.
A Comunidade participou do Café comunitário, visitaram a exposição dos 75 anos, a Cripta e em seguida participaram de uma catequese acerca das Indulgências, ministrada pelo Diácono Anderson Ramalho. Às 10h junto ao povo de Deus, participaram da Santa Missa do Lar presidida pelo Bispo Diocesano de Campina Grande, Dom Dulcênio Fontes de Matos.
Homilia para este XXVII Domingo do Tempo Comum
A liturgia dominical traz mais uma vez outra parábola acerca do Reino de Deus, a vinha e os vinhateiros. O último versículo do evangelho deste domingo, Mateus 21, 43, o autor bíblico destaca uma frase singular de Jesus: ‘o Reino de Deus vos será tirado e será entregue a um povo que produzirá frutos’.
Nesse sentido, o Bispo falou sobre a importância de produzir frutos para o Reino; começou explicando a primeira leitura do Profeta Isaías, que aponta Israel como a vinha amada do Senhor, povo que não produziu os frutos conformes ao esforço, ao querer da suma bondade do seu Deus, à Sua expectativa.
“Deus não desiste de cultivar: quis um povo, trouxe o seu Reino; no fechamento de um povo, constituiu povos para ser o Seu único e novo Povo. Na Sua fidelidade eterna, o Senhor superabunda a Sua graça profusa, constituindo-nos em Si, porque o Reino de Deus é a Pessoa do Cristo, e nós, unidos a Ele, somos participantes dessa realidade do Alto, já aqui, já agora, no espaço e no tempo, ainda que não tenhamos nos apossado da sua plenitude”, pregou.
Dom Dulcênio explicou que o desejo de Deus em constituir uma Vinha diz respeito ao seu grande amor pela humanidade, em salva-la, em querer que esteja unida ao seu criador eternamente, e concluiu explicando os frutos, conforme ensinou São Paulo aos Filipenses consiste em ‘tudo o que é verdadeiro, respeitável, justo, puro, amável, honroso, tudo o que é virtude ou de qualquer modo mereça louvor’ (Fl 4,6-9), de maneira que façamos justiça à nossa união com Cristo, Presença do Reino, Videira verdadeira. “Frutos que, simultaneamente vinhateiros, alegremente, entreguemos ao Senhor da Vinha. É isto que nos cabe produzir; superproduzir”, disse.
Exortação à Comunidade de São Pio X
Neste ditoso domingo, a Comunidade de São Pio X que peregrinou à catedral recebeu do bispo palavras motivadoras para seguirem firmes na missão e produzirem bons frutos; lembrou inicialmente que o compromisso e a entrega são sinais que precisam fazer parte contínua da comunidade, pois de nada adiantará celebrar 20, 30 anos sem essas premissas.
Dom Dulcênio exortou à comunidade em três pontos: testemunho, fidelidade aos princípios e sinodalidade.
1ª Usem a insígnia sem medo ou vergonha: o bispo pediu que os membros da comunidade usassem o seu sinal de pertença, a fim de que mostrem ao mundo que escolheram Deus para favorecer suas famílias.
2ª Sejam fiéis aos princípios da vocação “Viver em Cristo”: o prelado chamou atenção para o primado à santidade, sob a inspiração do Patrono São Pio X, que se tornou modelo de amor à Igreja, pela Eucaristia e a devoção à Santíssima Virgem Maria.
3ª Não abram mão da unidade entre os irmãos e a igreja: pediu que não negociassem jamais a vocação de viver em comunidade. Chamou atenção para não se tornarem estéreis na missão de dar frutos.
E concluiu incentivando a serem homens e mulheres a fim de lutarem pelo Evangelho e pelo dom da santidade, pois viver em Cristo não só vale a pena, vale a vida.
Palavras de Gustavo Lucena
No início da acolhida dos peregrinos, o Moderador Geral da Comunidade de São Pio X, Gustavo Lucena, proferiu palavras de saudação e acolhida aos seus irmãos de comunidade e aos fiéis presentes na Catedral.
Lucena destacou que não há local mais propício para expressar gratidão a Deus pela fundação da comunidade do que ao lado do Bispo Diocesano e aos pés da Imaculada. Ele ressaltou: “São trinta e dois anos de aprendizado, onde compreendemos que é valioso promover a comunhão e buscar a unidade com nossos pastores. Assim, pela graça de Deus, preservamos toda a nossa originalidade.” Ao concluir, expressou seus agradecimentos ao Vigário Geral e Pároco da Catedral, padre Luciano Guedes, pela “abundância de benefícios espirituais que as peregrinações têm proporcionado ao povo de Deus.”
Sobre a Comunidade de São Pio X
A Comunidade de São Pio X teve sua fundação em 07 de outubro de 1991, memória litúrgica dedicada à Santíssima Virgem Maria, a Senhora do Rosário. Antonio Lucena liderou juntamente com os seus primeiros companheiros de missão e jovens líderes dos grupos de oração Manoel Bezerra de Lima, Djalma Bezerra de Lima e as dedicadas senhoras Maria da Guia Araujo de Lucena, Maria de Jesus Vieira Assis, Nelci Azevedo Agra, Carlinda Cavalcante Costa, Ignez Barreto Leite, Edwirgens Cavalcante de Albuquerque, Hércules de Assis Souza e Rejane Dias de Albuquerque.
Desde a sua origem, a missão da Comunidade de São Pio X tem sido pautada pelo objetivo estabelecido por seu fundador: promover o ensino e a formação, contribuindo com a Igreja local através de ações evangelizadoras e sociais. Desde o princípio, busca a comunhão eclesial com a Igreja e a fidelidade ao seu Pastor Diocesano, sucessor dos Apóstolos. Em 06 de outubro de 2011, ao celebrar seus vinte anos de fundação, Dom Jaime Vieira Rocha, então Bispo Diocesano de Campina Grande, oficializou o reconhecimento da Comunidade de São Pio X como associação privada de fiéis de direito diocesano, conferindo-lhe o título de Fraternidade Viver em Cristo e aprovou, por seis anos “ad experimentum”, seu estatuto canônico. Ao alcançar seus 25 anos, a Comunidade de São Pio X conquistou a aprovação definitiva de seu estatuto, em decreto firmado por Dom Frei Manoel Delson Pedreira da Cruz, OFMCap, à época Bispo Diocesano de Campina Grande.
Por: Ascom, com apoio Redação do NAMIS
Fotos: Leonardo Silva
