“Deus na primeira luta venceu, servindo-se de São Miguel. Devemos, portanto, acreditar fielmente que a luta atual terminará triunfante e também como outrora, com o socorro e a ajuda deste Arcanjo bendito.” (São Pio X)
Desde os tempos mais antigos, a devoção a São Miguel Arcanjo já era bem conhecida. Seja no Antigo, seja no Novo Testamento, São Miguel sempre foi muito venerado e amado pelo povo de Deus. (cf.: Dan 12, 1 Ap 12, 7)
No entanto, foi por volta da década de 1880, que a devoção a São Miguel difundiu-se com maior proporção, tornando-se conhecida por toda parte, quando depois de uma visão, o Papa Leão XIII escreveu a oração a São Miguel Arcanjo, conhecida também como “Pequeno Exorcismo”, e mandou que fosse rezada ao final de toda Missa pedindo a intercessão de São Miguel para toda a Igreja.
Trechos do livro “Um exorcista conta-nos”, de autoria do exorcista italiano Pe. Gabriele Amorth, narra-se publicação do sacerdote Domenico Pechenino na revista Ephemerides Liturgicae, o que levou o Papa Leão XIII a escrever está oração.
Relatou o sacerdote: “Não me lembro exatamente o ano, uma manhã, o grande Pontífice Leão XIII tinha celebrado a St.ª Missa e estava a assistir a uma outra de acção de graças, como de costume. De repente, viu-se ele virar energicamente a cabeça, depois de fixar qualquer coisa intensamente, sobre a cabeça do celebrante. Mantinha-se imóvel, sem pestanejar, mas com a expressão de terror e de admiração, tendo o seu rosto mudado de cor. Adivinhava-se nele qualquer coisa de estranho, de grande.
Finalmente voltando a si, bate ligeira, mas energicamente, com a mão, levanta-se. Dirige-se ao seu escritório particular. Os mais próximos seguem-no com preocupação e ansiedade. E perguntam-lhe em voz baixa: ‘Santo Padre, não se sente bem? Precisa de alguma coisa?’ Responde: ‘Nada, nada.’
Daí a uma meia hora manda chamar o Secretário da Congregação dos Ritos e, estendendo-lhe uma folha de papel, manda-a imprimir e envia-a a todos os Ordinários do mundo. Que assunto continha? A oração que rezávamos no final da missa com o povo, com a súplica a Maria e a invocação ardente ao Príncipe das milícias celestes, implorando a Deus que precipite Satanás no inferno”, concluiu.
Não sabemos ao certo o que o sumo Pontífice viu e escutou naquela ocasião, mas existem relatos de que ele presenciou uma conversa entre Jesus e Satanás, a conversa entre eles é descrita da seguinte forma:
Satanás: “Eu posso destruir a Igreja e arrastar a humanidade toda para o inferno. Mas para isto preciso de mais tempo e mais poder”.
Jesus: “Quanto tempo e quanto poder?”
Satanás: “De 75 a 100 anos, e mais poder sobre os que se põem ao meu serviço”.
Jesus: “Você tem esse tempo, você terá o poder”.
A partir deste episódio, a devoção a São Miguel que já era bem conhecida, cresceu ainda mais dentro da Igreja Católica, a prática da oração a São Miguel (como tivera pedido o Santo Padre Leão XIII, ao final de cada missa) antecedida de uma Salve Rainha, era costume até antes das reformas litúrgicas do Concílio Vaticano II. Sabendo da importância desta oração os fiéis passaram a recitar de forma particular.
São Francisco de Assis que procurava nutrir sua espiritualidade, realizava por ano três quaresmas. Durante a Quaresma de São Miguel Arcanjo, Deus coroou São Francisco de graças abundantes, dentre elas os sinais da Paixão de Jesus Cisto. Desde então, é uma prática gradualmente aderida por fiéis católicos por todo o mundo.
Recite a Oração a São Miguel Arcanjo escrita pelo Papa Leão XIII:
“São Miguel Arcanjo, protegei-nos no combate, sede nosso auxílio contra a malícia e ciladas do demônio. Exerça Deus sobre ele império, como instantemente vos pedimos, e Vós, Príncipe da milícia celeste, pelo divino poder, precipitai no inferno Satanás e os outros espíritos malignos que vagueiam pelo o mundo para perder as almas”.
São Miguel Arcanjo, defendei-nos no combate!
Pedro Barbosa, fvc